Câmeras registraram pedradas e pichações em composições.
CBTU está com dificuldade em encontrar peças para conserto.
O Metrô do Recife divulgou imagens de depredações feitas por vândalos
nos trens, que foram exibidas no NETV 2ª Edição desta terça-feira (5).
Nas viagens, são comuns as pedradas que atingem os vidros das portas e
das janelas.
Nos vagões, há flagrantes de pichações.
Em 2012, só na frota antiga de trens, 276 vidros das janelas e 70 das
portas tiveram que ser trocados.
De março até outubro deste ano, 25
janelas, dez portas e um para-brisa dos novos trens também foram alvos
de vandalismo.
Nem os Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) escaparam:
outros dez para-brisas também foram danificados. Um prejuízo total de R$
363 mil.
Cada trem deste custa aproximadamente R$ 15 milhões. Eles foram
comprados com recursos públicos para melhorar a mobilidade entre as
cidades da Região Metropolitana do Recife.
Por conta dos vândalos, dos
15 novos, dois estão parados e não devem voltar tão cedo.
Os vidros das novas composições são caros e alguns estão indisponíveis
no mercado.
"Estamos com dificuldade na aquisição [dos vidros para
conserto das composições].
No caso da frota antiga, a gente tem vários
fornecedores. Na frota mais recente, no momento, ainda não desenvolvemos
um fornecedor, estamos com dificuldade", explicou o gerente da
Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Adalberto Nunes.
Zona da violência
Oitenta por cento dos ataques aconteceram entre as estações Central e Joana Bezerra, na área central do Recife; do Largo da Paz a Imbiribeira, nas zonas Oeste e Sul da capital; e entre as estações Prazeres e Cajueiro Seco, no município de Jaboatão dos Guararapes.
Além do prejuízo financeiro, a perda ainda maior para quem precisa do transporte público.
"Durante um dia, um trem faz 50 viagens, e cada um
tem 1,2 mil lugares.
Então, a população acaba se prejudicando por conta
de um ato tão irresponsável que é jogar pedra no trem", apontou o
assessor de impressa do Metrorec", Salvino Gomes.