10 novembro 2013

Imagens flagram atos de vandalismo e depredação no metrô do Recife


Câmeras registraram pedradas e pichações em composições.
CBTU está com dificuldade em encontrar peças para conserto.

 O Metrô do Recife divulgou imagens de depredações feitas por vândalos nos trens, que foram exibidas no NETV 2ª Edição desta terça-feira (5). 

Nas viagens, são comuns as pedradas que atingem os vidros das portas e das janelas. 

Nos vagões, há flagrantes de pichações.  


Em 2012, só na frota antiga de trens, 276 vidros das janelas e 70 das portas tiveram que ser trocados. 

De março até outubro deste ano, 25 janelas, dez portas e um para-brisa dos novos trens também foram alvos de vandalismo. 

Nem os Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) escaparam: outros dez para-brisas também foram danificados. Um prejuízo total de R$ 363 mil.

Cada trem deste custa aproximadamente R$ 15 milhões. Eles foram comprados com recursos públicos para melhorar a mobilidade entre as cidades da Região Metropolitana do Recife. 

Por conta dos vândalos, dos 15 novos, dois estão parados e não devem voltar tão cedo.

Os vidros das novas composições são caros e alguns estão indisponíveis no mercado. 

"Estamos com dificuldade na aquisição [dos vidros para conserto das composições]. 

No caso da frota antiga, a gente tem vários fornecedores. Na frota mais recente, no momento, ainda não desenvolvemos um fornecedor, estamos com dificuldade", explicou o gerente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Adalberto Nunes.

Zona da violência
 
Oitenta por cento dos ataques aconteceram entre as estações Central e Joana Bezerra, na área central do Recife; do Largo da Paz  a Imbiribeira, nas zonas Oeste e Sul da capital; e entre as estações Prazeres e Cajueiro Seco, no município de Jaboatão dos Guararapes.

Além do prejuízo financeiro, a perda ainda maior para quem precisa do transporte público. 

"Durante um dia, um trem faz 50 viagens, e cada um tem 1,2 mil lugares. 

Então, a população acaba se prejudicando por conta de um ato tão irresponsável que é jogar pedra no trem", apontou o assessor de impressa do Metrorec", Salvino Gomes.





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