Andar de transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande está mais caro desde a madrugada de hoje. Na capital, o valor da passagem subiu de R$ 2,50 para R$ 2,70 e, na cidade vizinha e no intermunicipal, de R$ 2,40 para R$ 2,60. Só o que não aumentou foi a satisfação do usuário que reclama da longa espera nos pontos, condução lotada, do custo elevado e pouco conforto nos ônibus.
Dado sobre a evolução histórica da tarifa nas capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes da Associação Nacional do Transporte Público (ANTP) mostra que, em junho de 2005, o cuiabano precisava desembolsar R$ 1,60 para se deslocar de ônibus. Levando-se em conta o reajuste concedido nesta semana, nos últimos cinco anos a passagem na capital aumentou quase 70%.
A baixa qualidade do sistema público e tarifa alta estimulam a substituição do transporte coletivo, considerado o principal meio de mobilidade urbana, por veículos particulares - deteriorando ainda mais o caótico trânsito na cidade.
“O maior legado que a Copa de 2014 poderia deixar para Cuiabá seria a melhoria do transporte público e com preço acessível ao trabalhador. Hoje, o serviço é ruim e até agora não vimos nenhuma medida que realmente mostre que vai melhorar”, criticou a funcionária pública Maria Aparecida Xavier, de 42 anos. “Não existem políticas públicas que priorizem o transporte público em Cuiabá”, acrescentou.
Morador do bairro Tijucal, o aposentado Honório Gonçalves de Queiroz, de 64 anos, também reprova o serviço. “Falam que os ônibus são novos, mas são barulhentos e vivem quebrando. Que têm ar condicionado, mas só vi em dois ou três; os motoristas não têm paciência e não param no ponto e o preço para o trabalhador assalariado pagar é ótimo”, diz ele, em tom de brincadeira.
Já a dona de casa Anaíde Lima de Souza, 57 anos, comenta que raramente usa o transporte coletivo. Porém, comenta que o marido e os filhos que trabalham no centro da capital costumam reclamar do sistema. “Eu moro no Pascoal Ramos e lá só passa a linha São Sebastião, não tem outro ônibus. Para meu marido e meus filhos é um sacrifício todos os dias. É muito precário porque não tem horário certo, os ônibus estão sempre cheios e os motoristas são obrigados a deixar estudantes e trabalhadores para trás”, afirmou.
Para o diretor da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTU), Gabriel Muller, o grande desafio a ser vencido é o trânsito da capital, que aumenta significativamente o tempo das viagens. “Hoje todo mundo tem uma rigorosidade no horário de sair de casa e ir para o trabalho, a frota de carros aumentou e o número de vias continua o mesmo. O trânsito faz parte da mobilidade urbana e tem carro demais nas ruas, por isso os ônibus ficam presos nos congestionamentos”, argumentou.
Segundo ele, atualmente na capital operam 370 veículos convencionais (348 rodam diariamente, os demais são reservas) e 82 microônibus, que atendem cerca de 270 mil passageiros. A vida útil dos coletivos em circulação é em média de 4,5 anos. Porém, apenas 20% têm ar condicionado quando a obrigatoriedade contratual é de 80%.
Gabriel afirma que não há defasagem no número da frota e que o número de passageiros em determinados itinerários é até negativo. Como exemplo, ele cita a linha expressa que sai do terminal do CPA I até o Centro da cidade. “Criamos essa linha para desafogar o terminal, mas o aproveitamento é muito pequeno”, afiançou.
Dado sobre a evolução histórica da tarifa nas capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes da Associação Nacional do Transporte Público (ANTP) mostra que, em junho de 2005, o cuiabano precisava desembolsar R$ 1,60 para se deslocar de ônibus. Levando-se em conta o reajuste concedido nesta semana, nos últimos cinco anos a passagem na capital aumentou quase 70%.
A baixa qualidade do sistema público e tarifa alta estimulam a substituição do transporte coletivo, considerado o principal meio de mobilidade urbana, por veículos particulares - deteriorando ainda mais o caótico trânsito na cidade.
“O maior legado que a Copa de 2014 poderia deixar para Cuiabá seria a melhoria do transporte público e com preço acessível ao trabalhador. Hoje, o serviço é ruim e até agora não vimos nenhuma medida que realmente mostre que vai melhorar”, criticou a funcionária pública Maria Aparecida Xavier, de 42 anos. “Não existem políticas públicas que priorizem o transporte público em Cuiabá”, acrescentou.
Morador do bairro Tijucal, o aposentado Honório Gonçalves de Queiroz, de 64 anos, também reprova o serviço. “Falam que os ônibus são novos, mas são barulhentos e vivem quebrando. Que têm ar condicionado, mas só vi em dois ou três; os motoristas não têm paciência e não param no ponto e o preço para o trabalhador assalariado pagar é ótimo”, diz ele, em tom de brincadeira.
Já a dona de casa Anaíde Lima de Souza, 57 anos, comenta que raramente usa o transporte coletivo. Porém, comenta que o marido e os filhos que trabalham no centro da capital costumam reclamar do sistema. “Eu moro no Pascoal Ramos e lá só passa a linha São Sebastião, não tem outro ônibus. Para meu marido e meus filhos é um sacrifício todos os dias. É muito precário porque não tem horário certo, os ônibus estão sempre cheios e os motoristas são obrigados a deixar estudantes e trabalhadores para trás”, afirmou.
Para o diretor da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTU), Gabriel Muller, o grande desafio a ser vencido é o trânsito da capital, que aumenta significativamente o tempo das viagens. “Hoje todo mundo tem uma rigorosidade no horário de sair de casa e ir para o trabalho, a frota de carros aumentou e o número de vias continua o mesmo. O trânsito faz parte da mobilidade urbana e tem carro demais nas ruas, por isso os ônibus ficam presos nos congestionamentos”, argumentou.
Segundo ele, atualmente na capital operam 370 veículos convencionais (348 rodam diariamente, os demais são reservas) e 82 microônibus, que atendem cerca de 270 mil passageiros. A vida útil dos coletivos em circulação é em média de 4,5 anos. Porém, apenas 20% têm ar condicionado quando a obrigatoriedade contratual é de 80%.
Gabriel afirma que não há defasagem no número da frota e que o número de passageiros em determinados itinerários é até negativo. Como exemplo, ele cita a linha expressa que sai do terminal do CPA I até o Centro da cidade. “Criamos essa linha para desafogar o terminal, mas o aproveitamento é muito pequeno”, afiançou.