13 outubro 2013

Plano de demissões do Metrô vai afetar maiores de 60 anos e novos funcionários

Secretário de Transportes Metropolitanos detalhou medidas para manter tarifa a R$ 3

         
Jurandir Fernandes, secretário de Transportes, detalhou planos para manter tarifa do transporte público a R$ 3 em 2014 Alice Vergueiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, detalhou nesta quarta-feira (9) o PDV (Plano de Demissões Voluntárias) que será promovido pelo Metrô para manter a tarifa a R$ 3 em 2014.
 
Funcionários com mais de 60 anos e novos contratados serão os maiores afetados pela medida, cujos frutos nos cofres públicos só devem ser sentidos em um ano.
— Estamos fazendo uma adesão a partir dos 62 anos de idade.
 
Se ela for pequena, podemos partir para 61 anos, abrir um pouco mais a faixa.
 
Vai depender da adesão para saber o volume.
 
Agora, em um primeiro momento, você tem um aumento de custos para pagar as indenizações, mas isso é compensado depois de dez, 12 meses você já começar a sentir a redução.
As declarações de Fernandes foram feitas durante o Fórum de Mobilidade, promovido pelo jornal Folha de São Paulo no Tucarena, zona oeste de São Paulo.
 
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, participou da abertura do evento.
O secretário do governo estadual não soube informar o tamanho da adesão necessária, tampouco quanto será necessário economizar para manter a tarifa a R$ 3 durante 2014, que é um ano de eleição para o Palácio dos Bandeirantes.
 
A escolha pelos funcionários com mais tempo de Metrô é justificada, de acordo com Fernandes.
— Digamos um funcionário sênior que tenha 35, 40 anos de casa. No Metrô, a política de salário e carreira é de ganho de 1% ao ano em termos reais.
 
Então ele já tem 30%, 35% além do salário.
 
O novo [funcionário] não tem, então essa redução já é automática. Esse é um dos aspectos da redução de custo.
O Metrô deve lançar oficialmente o plano de demissões até o final do ano.
 
Contudo, o secretário acredita que a medida é apenas parte de um pacote de ações que estão sendo realizadas para que, com menos custeio, seja possível não subir o valor da tarifa.
 
Ele pontuou a realocação de funcionários e menos contratações como outras medidas necessárias.
— Gasto de energia elétrica nós estamos racionalizando, escadas rolantes todas com sistema de compensação [liga e desliga], iluminação, tudo.
 
A única não-redução é na parte operacional. As novas estações que estamos abrindo — Adolfo Pinheiro, Vila Prudente e Oratório —, nós vamos fazer a realocação de quadros.
 
Ao invés de contratar, vamos realocar quadros internos e contratar menos pessoas.
 

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