31 março 2012

Metro do Porto: Taxa de cobertura atingiu os 96% em Janeiro

O presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Ricardo Fonseca, enalteceu hoje "o substancial aumento dos resultados operacionais" da empresa, afirmando que, em janeiro, a taxa de cobertura atingiu os 96 por cento.

Em declarações aos jornalistas após a assembleia-geral da empresa, onde o relatório e contas de 2011 foi aprovado, Ricardo Fonseca lamentou, contudo, a existência de um "reverso da medalha", referindo-se aos prejuízos de 397 milhões de euros registados no ano passado.

"O Metro não é só operação, foi também construção", disse, considerando que o "sistema de financiamento foi perfeitamente desajustado" e leva a que a empresa apresente agora "resultados líquidos amplamente negativos".

Para Ricardo Fonseca, o valor "quase que assusta, mas é preciso decompô-lo em parcelas para ver o que está na origem deste resultado negativo".

"Em receita de bilheteira temos cerca de 36 milhões de euros, mas só de juros, em 2011, pagámos 136 milhões", sublinhou.

De acordo com o relatório e contas, em 2011, a procura excedeu os 55,5 milhões de validações, registando-se uma aceleração da tendência de crescimento a que se tem assistido desde a sua inauguração.

O documento salienta ainda que, na sequência dos sinais de esgotamento deste modelo de financiamento já no exercício de 2010, no ano passado "a empresa deparou-se com a total indisponibilidade das instituições financeiras de assegurar novas soluções de financiamento".

"Neste contexto, o acionista Estado, através de empréstimos da Direção Geral do Tesouro e Finanças, assegurou a liquidez da empresa, tendo para o efeito sido contratadas diversas operações de financiamento a curto prazo ao longo do ano, consolidadas numa operação global de 593 milhões com maturidade a cinco anos", acrescenta o relatório.

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