22 setembro 2013

A força dos ventos



Aerogerador 1.85-82.5: tecnologia desenvolvida pela GE para os ventos brasileiros
A energia eólica, uma das fontes mais limpas para geração de energia, está vivendo um ótimo momento. 

As turbinas movidas pelo vento espalhadas pelo mundo já podem gerar 284 gigawatts, mais que o dobro do potencial de cinco anos atrás. Para se ter uma ideia da velocidade de expansão, a capacidade instalada das usinas eólicas apenas nos Estados Unidos cresceu 13,1 gigawatts – praticamente uma Itaipu – em 2012. Boa parte desse crescimento aconteceu com custos decrescentes. 

De acordo com a Bloomberg New Energy Finance, nos últimos quatro anos, o custo da energia dos equipamentos de energia eólica caiu 29%, enquanto o custo de operação teve queda de 40%, o que torna as gigantes torres com pás opções viáveis mesmo sem subsídios.

No Brasil, a capacidade instalada aumentou 70 vezes entre 2005 e 2012 e deve seguir em expansão. A participação da energia eólica na matriz energética saltará do atual 1,69% para 5,5% em 2017, ou 8,8 gigawatts, segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). 

Além de oferecer energia mais limpa para consumidores domésticos e a indústria, a energia eólica gera oportunidades de negócio para fábricas instaladas aqui. 

A Empresa de Pesquisas Energéticas, órgão do governo federal que promoveu os leilões de energia, estabelece que 60% da produção das turbinas eólicas tem de ser nacionalizada.

A GE aposta nesse crescimento e inaugurou, em junho, o Centro de Serviços para energia eólica na cidade de Guanambi (BA), que terá 50 técnicos para realizar a manutenção nos parques eólicos e manter um estoque de peças essenciais. 

A assistência mais próxima dos clientes é necessária pelo volume de pedidos, já que até o fim de 2014 serão mais de 1 000 turbinas da GE instaladas no Brasil. “A GE quer cada vez mais estreitar a parceria com o Brasil para fornecer tecnologia e os serviços necessários, visando garantir oportunidades significativas no mercado de energia eólica do país”, afirma Jean-Claude Robert, líder de energias renováveis da GE para a América Latina.

Além do Centro de Serviços da Bahia – outro deverá ser inaugurado no Rio Grande do Norte até o fim de 2013 –, a empresa também tem produtos específicos para o mercado nacional, como as turbinas eólicas 1.85-82.5. 

 Utilizando turbinas com mais de 80 metros de diâmetro, ela é mais eficiente, permitindo que sejam instaladas menos torres por parque eólico. 

O processo todo de instalação de torres assim costuma levar 24 horas e envolve mais de 50 pessoas. 

A engenharia de montagem é complexa, como você pode ver neste vídeo gravado na Califórnia em 2011:

O avanço tecnológico da energia eólica tem sido acelerado, mas ainda há bastante espaço para inovações. 

A GE tem investido 2 bilhões de dólares em desenvolvimento de tecnologia de ponta, mostrando como é possível avançar em diversos sentidos. 

Os aerogeradores da GE já contam com sensores de comunicação entre as torres, permitindo maior eficiência e menos manutenção. 

O contato permanente com a rede de distribuição também permite dosar a entrega de acordo com a necessidade do sistema, inclusive com a possibilidade de usar baterias que armazenam a força gerada pelo vento – aumentando a confiabilidade. 

Como se vê, os bons ventos da energia eólica estão apenas começando a soprar. 

Veja também a atuação da GE Power & Water no Brasil:

O que muda com os novos medidores de eletricidade


Medidores inteligentes: nova geração de equipamentos elétricos permitirá maior controle de gasto e mais eficiência
Os desafios e as oportunidades para a expansão da infraestrutura de energia no Brasil são imensos: somente no setor de distribuição, estima-se que serão construídos 47 000 novos quilômetros de linhas de transmissão nos próximos dez anos, que devem gerar investimentos de 36 bilhões de dólares. 

Além de focar na construção de novas usinas, parques eólicos e termelétricas ou nos fios que levarão toda essa eletricidade, é preciso investir em novos medidores de energia. 

Para que sejam realizadas todas as promessas de eficiência do smart grid, é necessário que o velho medidor de energia analógico (conhecido como relógio de luz) seja trocado.

“A gama de informações que os medidores avançados recebem proporciona uma maior dinâmica na prestação do serviço e na possibilidade de economia de energia, trazendo melhoria para todo o sistema”, conclui um grupo de trabalho sobre smart grid do Ministério de Minas e Energia em relatório. 

Para o governo, a relação entre concessionária e consumidor muda com a instalação de aparelhos mais modernos.

A nova geração de medidores permite, do lado das concessionárias de serviços de energia, uma leitura automática e remota, sem necessidade de técnicos irem ao local para anotar as informações do relógio de luz. 

O corte e a religação do fornecimento também podem ser feitos a distância. 

E como as concessionárias têm acesso a todos os dados em tempo real, o serviço de suporte ao consumidor final pode ficar mais ágil e preciso. 

Com tantas informações, é possível oferecer tarifas flexíveis, com descontos para o uso fora de horários de pico, por exemplo.

Para o consumidor, é possível observar com mais clareza o quanto está sendo consumido e em que horas. 

Isso é importante não apenas para residências, mas também indústrias que precisam compreender melhor o comportamento de consumo e planejar a redução do desperdício. 

A Infraestrutura Avançada de Medição (AMI), como é conhecida a implementação de novos medidores, também permite a conexão com a internet, criando oportunidades sem precedentes. 

Nos Estados Unidos, a empresa americana Simple Energy desenvolveu uma espécie de videogame social para engajar os consumidores no uso consciente de energia. 

Como nos joguinhos do Facebook, há metas, medalhas e a chance de competir com os amigos para ver quem atinge mais metas de consumo. A experiência está sendo testada com 15 000 usuários de Worcester, no estado de Massachusetts, com bons resultados.

Essas mudanças podem acontecer muito rapidamente. 

O mercado espera que até 2018 1 bilhão desses medidores inteligentes estejam ligados à rede elétrica. Países como a Itália conseguiram substituir todos os 30 milhões de medidores em apenas cinco anos (entre 2000 e 2005). 

No Brasil, algumas distribuidoras já estão preparadas para operar nesse sistema. 

O problema é que, no país, os medidores mais modernos custam pelo menos o dobro dos tradicionais.

 A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) subsidia a instalação dos aparelhos em alguns mercados, especialmente em pequenas e médias indústrias, mas é necessária uma escala maior para o preço ficar mais atrativo. 

O jogo deve mudar a partir de 1° de fevereiro de 2014, quando todas as novas construções deverão, por lei, ter medidores no novo padrão, inteligente.

Distribuição de energia chega à era digital

Smart grid: joint venture da GE com a chinesa XD Electric trará o que há de mais moderno em redes elétricas para o Brasil
Quando falamos de inovação no setor elétrico, o termo smart grid – ou redes elétricas inteligentes – logo aparece. 

Ele abrange o que há de mais moderno em transmissão e distribuição de eletricidade, que envolve desde a tecnologia da informação para monitoramento e análise em tempo real até linhas de transmissão mais seguras e confiáveis. 

Se você tem ouvido muito as palavras em inglês, isso não é à toa.

 O Brasil precisa modernizar a sua infraestrutura energética e a oportunidade para investir no setor com o que há de mais inovador finalmente chegou. 

 “Esperamos ver enormes investimentos em expansão de infraestrutura, integração com fontes renováveis e esforços de modernização em toda a região nos próximos anos”, aponta o relatório GTM Research, que indica a América Latina e a China com maiores potenciais de crescimento do smart grid na próxima década.

A GE está preparada para fornecer soluções ao setor em diversas frentes. Para começar, na grande rede de distribuição, por meio da joint venture anunciada no fim de agosto com a chinesa XD Electric. 

Os produtos oferecidos, como transformadores e disjuntores, são menores e com um custo menor de manutenção do que os atualmente empregados na maior parte da rede brasileira. 

Eles contam com a tecnologia Primary Plus, ferramentas de proteção, monitoramento e diagnóstico mais modernas. “Ao combinar os pontos fortes da GE e da XD Electric, oferecemos soluções completas não só para o Brasil, mas para toda a região”, afirmou Ricardo Van Erven, diretor-geral da GE Digital Energy para a América Latina.

A empresa chinesa, uma das gigantes do setor, tem a experiência de ter ajudado a construir rapidamente a infraestrutura necessária para o crescimento acelerado do país nos últimos anos. 

Para se ter uma ideia, entre 2004 e 2008 apenas, a quantidade de energia consumida na China saltou de 443 gigawatts para 793 gigawatts (no Brasil, chegamos a 121 gigawatts em 2012). 

Entre os feitos da XD Electric está a implementação de algumas das primeiras linhas de corrente alternada de ultra alta-tensão (UAT), com capacidade igual ou maior que 800 quilovolts, para levar uma grande quantidade de energia por longas distâncias com o máximo de eficiência.

É exatamente o tipo de desafio que o Brasil enfrenta, já que as grandes hidrelétricas do Norte estão a centenas ou milhares de quilômetros dos centros urbanos e industriais que consomem a energia.

Além de redes mais robustas, a inteligência e o monitoramento também são necessários nas centrais das distribuidoras. 

A GE assumiu em 2013 um parceria com a AES Eletropaulo para implementação de Sistema de Gerenciamento das Interrupções (OMS), Sistema de Gerenciamento da Distribuição (DMS) e Sistema de Gestão das Equipes de Campo (MWM). Tudo isso aumenta a confiabilidade, a velocidade no atendimento de emergências e reduz custos – o que, na ponta, também se reverte em eletricidade mais barata e menos períodos com falta de luz para o consumidor.

Você pode conhecer melhor as soluções para a rede elétrica da GE|XD neste incrível infográfico animado (em inglês).

As 10 graduações preferidas pelos homens (e pelas mulheres) no Brasil

http://exame.abril.com.br/brasil/album-de-fotos/as-10-graduacoes-preferidas-pelos-homens-e-pelas-mulheres-no-brasil

Automatização ameaça 47% dos empregos nos EUA, diz estudo

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/automatizacao-ameaca-47-dos-empregos-nos-eua-diz-estudo

15 setembro 2013

Empresa troca empregado experiente para cortar custo

Segundo dados do Caged, emprego com carteira assinada tem crescido somente para profissionais de até 24 anos

Empresário de terno e gravata
Na busca pela redução de custos, os trabalhadores mais velhos estão sendo trocados por jovens com boa formação, mas com salários mais baixos

  As empresas estão mudando o perfil de contratação. Na busca pela redução de custos, os trabalhadores mais velhos estão sendo trocados por jovens com boa formação, mas com salários mais baixos. 

A mudança começa a aparecer no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Além da menor criação de vagas formais ao longo deste ano, dados compilados pelo Estado mostram que o emprego com carteira assinada tem crescido somente para profissionais de até 24 anos.

Essa movimentação no mercado de trabalho está ligada à deterioração da conjuntura econômica e do ambiente dos negócios, diz Betania Tanure, professora da PUC-MG e fundadora da consultoria BTA, especializada em gestão empresarial. 

"Neste momento, a maioria das empresas vislumbra um cenário de incerteza que pouco se viu no Brasil nos últimos anos. 

Nem o ambiente de 2008 e 2009, após a crise, gerou o grau de incerteza no meio empresarial que hoje se vê pois, naquele momento, do ponto de vista macro, o País tinha instrumentos para lidar com a crise que hoje se mostram insuficientes."

O que azedou o humor das empresas foi a queda de resultados. 

A consultoria de Betania realiza pesquisas regulares com as 500 maiores empresas em operação no Brasil. 

Uma delas identificou que boa parte dos ganhos previstos não vão se concretizar. 

No levantamento de abril, 15% das empresas declararam que não conseguiriam cumprir as metas neste ano. 

Na atualização do levantamento, em agosto, o porcentual subiu para 48%. 

Ou seja, quase metade das maiores empresas do País identificou uma deterioração dos resultados, sem possibilidade de recuperação no ano.

Pesa também o cenário de longo prazo. 

A pesquisa identificou que a expectativa para os próximos cinco anos, a partir de 2013, não é animadora. 

Para 63% das empresas, o cenário é "mediano". Trata-se de uma virada para pior. No ano passado, quando traçaram o cenário para cinco anos, a maioria das empresas (53%) vislumbrava um período "excepcional". Hoje, apenas 35% tem esse nível de otimismo.

O menor salário pago aos admitidos em relação aos desligados também deixa evidente a troca pelo mais barato.

 Em julho, essa diferença chegou a 7,3% e vem crescendo desde abril. "Como o número de admitidos continua forte, isso sugere que as empresas possam estar trocando os mais caros pelos mais baratos", afirma Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. 

12 números que mostram como mora a classe média mundial

http://exame.abril.com.br/economia/album-de-fotos/como-e-uma-casa-de-classe-media-ao-redor-do-mundo

As carreiras que mais mudam o mundo, segundo profissionais

http://exame.abril.com.br/carreira/album-de-fotos/as-carreiras-que-tornam-o-mundo-um-lugar-melhor

As 10 descobertas científicas mais bizarras de 2013

http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/as-10-descobertas-cientificas-mais-bizarras-de-2013#1

Novo padrão de Wi-Fi deve ser adotado aos poucos e em nichos

Substituição do atual padrão 802.11n para o novo 802.11ac, mais conhecido como AC, caminha timidamente e muitas empresas ainda não estão se arriscando


Usuário acessando um site através de internet móvel em um tablet
Tablet: para diretor da Aerohive para a AL, dentre critérios a serem avaliados para adoção da tecnologia estão compatibilidade dos smartphones, tablets ou notebooks.

O novo padrão de redes Wi-Fi definido pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) é pauta do mercado, mas de forma ainda discreta. 

A substituição do atual padrão 802.11n para o novo 802.11ac, mais conhecido como AC, caminha timidamente e muitas empresas ainda não estão se arriscando neste caminho.

A nova tecnologia é capaz de transferir dados em uma velocidade de 1,3 Gbps na teoria, enquanto o padrão atual N consegue chegar a 450 Mbps. 

Os aparelhos com novo padrão irão operar somente na frequência de 5 GHz, que possui mais canais disponíveis, diferente dos aparelhos 801.11n, que operam tanto na frequência de 2,4 GHZ, quanto na de 5 GHz.

A Aerohive, fornecedora de soluções Wi-Fi corporativas, recomenda a utilização do novo padrão em nichos específicos. 

"Como qualquer tecnologia, o padrão está evoluindo, mas achamos que a adoção vai ser um pouco mais lenta do que o mercado está dizendo. 

Recomendamos para ambientes de um único ponto de acesso e com alta densidade. 

Eu poderia trabalhar com o AC em outros casos? Poderia, mas por quê vou usá-lo se a maioria no mercado não o utiliza? 

As empresas precisam ter critérios para adotar o que é melhor para a corporação", diz o diretor da Aerohive para a América Latina, Fernando Lobo.

Segundo o executivo, dentre os critérios a serem avaliados para a adoção da tecnologia estão a compatibilidade dos smartphonestablets ou notebooks e se a rede será substituída pelo novo padrão, pois isso pode implicar também na substituição e perda de clientes que ainda não estão preparados para receber a novidade. 

"Se a rede visar uma missão crítica, é interessante usar a tecnologia já consolidada. Se ela for nova, iniciada do zero, pode usar o AC e o N. E se for de alta densidade, o AC", recomenda Lobo.

A Aerohive acredita que o AC terá uma adoção plena a partir de 2015 e cita uma pesquisa da Infonetics, que mostra que 20% dos pontos de acesso embarcados no mundo em 2015 serão sobre o padrão AC, e em 2017, essa porcentagem será de 70%. 

A empresa deve lançar em breve uma solução para a nova tecnologia. 

"A tecnologia vai ser igual para todo mundo, todos terão maior velocidade, a questão está no uso das aplicações", diz Lobo. 

Ele comenta que a fornecedora irá focar em aplicações como a Presence Analytics, voltada ao varejo, que fornece informações sobre os consumidores aos lojistas, como por exemplo, quantas pessoas olharam a vitrine da loja e quantas entraram. 

Outra aplicação é a Teachers' View, que permite aos professores o controle do acesso ao Wi-Fi dentro da sala de aula.


Pesquisa sobre mobilidade urbana será apresentada na segunda-feira

Feita pela Rede Nossa São Paulo e Ibope, pesquisa já está na sétima edição. Resultados serão apresentados dia 16/9 em evento público

 

Pesquisa trata de temas relacionados ao deslocamentos de pessoas pela cidade (Foto: ÉpocaSP)
 
Segunda-feira, dia 16/9, será lançada a sétima edição da pesquisa sobre Mobilidade Urbana produzida pelo Ibope em parceria com a Rede Nossa São Paulo.

A pesquisa traz informações sobre o nível de satisfação do cidadão com o transporte público, tempo médio gasto no trânsito, uso do carro, percepção do respeito às leis de trânsito e faixa de pedestres, entre outros temas relacionados à mobilidade urbana na capital paulista.

Após a apresentação dos resultados haverá um debate entre o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, o vereador Paulo Fiorilo, presidente da CPI dos Transportes da Câmara Municipal, e a diretora presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag.

 

As graduações que rendem os melhores salários nos EUA

http://exame.abril.com.br/carreira/album-de-fotos/as-graduacoes-que-rendem-os-melhores-salarios-nos-eua

13 setembro 2013

Idec: Passageiros acham transporte público de SP ruim


A criação de corredores de ônibus faz parte da solução para equilibrar melhor os espaços na cidade para os carros e para o transporte público. 
 
Mas o serviço prestado pelos ônibus e metrô em São Paulo ainda é considerado insatisfatório pelos usuários, constata pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que testou ônibus e metrô em São Paulo e em Belo Horizonte.

O estudo avaliou a qualidade dos serviços, a infraestrutura e o atendimento ao usuário e verificou que ainda há muitos problemas como superlotação, atrasos e falta de informações sobre o itinerário.

Por causa do aumento do congestionamento na Avenida Cruzeiro do Sul, após a implantação do corredor Norte-Sul, a leitora Maria Lucia Tavares trocou o carro pelo metrô. 
 
Ela reclama, no entanto da superlotação dos vagões. "Esperei pelo segundo trem, mas meus dois filhos e eu viemos todos apertados", diz.

O corredor na Avenida 23 de Maio é alvo de crítica da leitora Luciana Ribeiro, que não pensa em deixar seu veículo para utilizar o transporte público, pois o considera de má qualidade. 
 
"Antes de destinar pistas para ônibus nas principais avenidas da cidade, é preciso melhorar o transporte público."

Para João Paulo Amaral, responsável pela pesquisa do Idec, pensando na melhoria da mobilidade urbana, o importante é priorizar os meios de transporte mais sustentáveis, ou seja ônibus e metrô. 
 
"Mas é preciso oferecer uma alternativa adequada um transporte público eficiente."

Como se trata de uma prestação de serviço, explica, os usuários têm os seus direitos garantidos tanto pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) quanto pela regulamentação específica sobre o assunto. 
 
"O passageiro pode pedir a devolução do bilhete, se constatar falta de informação, desconforto ou insalubridade no serviço oferecido, mesmo que complete a viagem. 
 
" O usuário deve reclamar porque só assim pode conseguir uma mudança na qualidade do serviço, defende Amaral.

Como agir

Para o presidente da Comissão de Direito do Consumidor do Instituto dos Advogados de São Paulo. Roberto Senise Lisboa, os corredores atendem à necessidade da maioria da população, mas o transporte público ainda se mostra insuficiente para atender todos adequadamente.

Caso o cidadão tenha um problema concreto, que afete a comunidade, deve procurar o Ministério Público ou os órgãos de Defesa do Consumidor e, se não conseguir a solução do seu problema, deve recorrer ainda aos Juizados Especiais Cíveis, orienta Lisboa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/500785/idec-passageiros-acham-transporte-publico-de-sp-ruim

Dilma libera verba para linha 3 e promete mais projetos para a Região Metropolitana do Rio


A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira a liberação de recursos para a implantação da Linha 3 do metrô, que vai ligar Niterói a São Gonçalo, na Região Metropolitana no Rio. 

O custo total estimado do projeto é de R$ 2,5 bilhões, dos quais 41% vêm do orçamento geral da União. 

Os outros 59% serão proveninentes de financiamento captados do governo do estado. 

O projeto prevê a implantação de um sistema de monotrilhos com 22 quilômetros de extensão e 14 estações, entre a Praça Arariboia, em Niterói, e Guaxindiba, em São Gonçalo.

A previsão é de que a obra tenha duas etapas. 

Apesar da espera de mais de uma década pelo metrô, a primeira fase, ligando o Barreto a Alcântara, só deve entrar em operação em junho de 2015. 

O trecho completo, no entanto, está previso para março de 2016.
A operação da linha 3 ficará com a iniciativa privada. 

A licitação das obras e da concessão está prevista para ocorrer no último bimestre deste ano. 

O valor estimado da tarifa ainda está sendo definido, pois depende da conclusão do estudo de modelagem do projeto, que fica pronto no dia 15 de outubro.

No discurso, Dilma disse ainda que o governo federal vai financiar um sistema viário e uma ciclovia paralelos ao monotrilho, além de financiar 20 quilômetros de corredores de ônibus:

“E não vai ser só em São Gonçalo. Em Duque de Caxias, nós vamos financiar um BRT, Gramacho-Imbariê, e um VLT.

 Em Nova Iguaçu, nós vamos financiar dois corredores de ônibus, entre eles, a continuidade da via Light. 

E também na capital, vamos colocar recursos para dois BRTs”, afirmou Dilma.

Primeiro tatuzão da linha 5 do Metrô começa a escavar


13182742Com 1 mês de atraso, o primeiro tatuzão da extensão da linha 5 do Metrô começou a escavação nesta terça, 11. 

Este tatuzão, que é um apelido para a máquina que chama shield, irá escavar um túnel, do Poço Bandeirantes até a Estação Chácara Klabin. 

Este túnel será igual ao da linha amarela onde haverá as 2 vias.

Além deste tatuzão, outros dois shields menores também serão utilizados para a perfuração da Linha 5. 

Esses equipamentos foram construídos na Alemanha e transportados para o Brasil em navios. 

As duas escavadeiras de menor porte irão cavar o túnel entre as futuras estações Adolfo Pinheiro e Campo Belo.

A primeira estação desta nova fase, a Adolfo Pinheiro, será entregue em janeiro. 

As demais tem previsão entre 2015 e 2016.

Chegam tuneladoras para obra da Linha Leste




Duas das quatro tuneladoras adquiridas pelo Governo do Estado para a escavação dos túneis da linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor) já desembarcaram no Porto do Pecém. A obra é parte do Programa Mobilidade Grandes Cidades, do Governo Federal. 

De acordo com a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), as peças vieram da China em 16 contêineres e aguardam montagem na área onde a escavação será iniciada, próximo à Estação Chico da Silva, no Centro da Capital.

O processo licitatório para execução das obras, segundo a Procuradoria Geral do Estado (PGE), está na fase de recurso da análise de preços.

Foram gastos R$ 128.224.258,52 para compra das máquinas mediante licitação ocorrida em junho de 2012, quando saiu vencedora a empresa norte-americana The Robbins Company. 

O investimento é parte do custo total de cerca de R$ 3,5 bilhões que serão destinados a todo o projeto linha Leste, a maior licitação em curso no País. 

Conforme a Seinfra, estão garantidos R$ 2 bilhões em recursos federais, sendo R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão financiado pela Caixa Econômica Federal. A contrapartida do Estado é de pouco mais de R$ 1 bilhão.

Os 12,4 quilômetros da linha Leste serão subterrâneos. 

O projeto prevê a construção de onze estações: da Sé, Luiza Távora, Colégio Militar, Nunes Valente, Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2000, Bárbara de Alencar, Centro de Eventos do Ceará (CEC) e Edson Queiroz. Haverá integração com as linhas Oeste e Sul na estação Chico da Silva, totalizando doze estações.

A assessoria da secretaria acrescentou que não há informações sobre as desapropriações, pois avalia como “mínimo” o impacto. Ressaltou apenas que há ação do Governo para criar parcerias para os postos das estações. 

As obras devem ser iniciadas ainda neste semestre, assegurou a Seinfra.
 
Licitação

No início de agosto, os envelopes com as propostas de preços foram abertos na Central de Licitações do Governo do Estado, no Palácio Iracema. 

O menor preço apresentado na Concorrência Pública foi o do consócio Cetenco–Acciona: R$ 2,25 bilhões. 

Decisões judiciais, no entanto, proibiram a declaração do vencedor, a adjudicação (ato que torna o Estado obrigado a contratar o vencedor) e a contratação.

A assessoria de imprensa da PGE limitou-se a informar “que a licitação está na fase de recurso da análise de preços” e a procuradoria “recorreu e aguarda as decisões judiciais”. 

Até o fechamento desta matéria, o teor das determinações da Justiça não foram informados nem o tempo previsto para a finalização da análise dos preços.

Saiba mais

Uma vez concluída a linha Leste, trens elétricos levarão aproximadamente 400 mil pessoas, em um processo de integração com as linhas Sul, Oeste, ramal Parangaba-Mucuripe do VLT e terminais de ônibus.

A Linha Sul, que liga Pacatuba ao Centro de Fortaleza, está funcionando em fase de operação assistida, com percurso de 24 quilômetros. 

A linha Oeste liga o centro da Capital ao centro de Caucaia. Estão previstas eletrificação e duplicação da linha Oeste.
 
No início deste mês, relatório de auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) indicou que há reincidência de irregularidades nas obras de implantação da linha Sul, que teriam causado superfaturamento. 

 De acordo com o TCU, há desrespeito aos limites relativos a supressões e acréscimos de serviços estabelecidos inicialmente em contrato. 

Metrô de Teresina será revitalizado com pacote bilionário de investimento

Através do Programa Rede Sobre Trilhos será investido R$1,7 bilhão, incluso no programa PAC Mobilidade



O metrô de Teresina será revitalizado. A afirmação é da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP). 

O projeto vai iniciar em breve e prevê a recuperação e construção dos trilhos, estações e base para os trens. 

O Plano de Mobilidade Cidade de Teresina - Rede Sobre Trilhos, desenvolvido pelo Governo do Estado, estima que com a realização das reformas e a extensão das linhas férreas a capacidade de passageiros no transporte aumentará para 48 mil pessoas por dia.

De acordo com a CMTP, as estações que hoje apresentam problemas de manutenção estão em processo de reforma na sua estrutura, exemplo do Grande Dirceu e da construção da estação Ilhotas. 

A estação Matinha terá sua reforma iniciada até o fim de setembro, quando será feita recomposição da sua estrutura. 

A companhia piauiense também vai dar acessibilidade a todas as estações, o projeto está previsto no programa do PAC - Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades.

O trabalho de limpeza e remoção do entulho também será modificado nos próximos dias assim como a vigilância dos terminais. 

A empresa responsável já estabeleceu um programa para serviços de limpeza geral na plataforma da via. 

Em relação à vigilância, a CMTP está viabilizando a contratação com o Governo do Estado, de agentes de vigilância e limpeza para melhorar a conservação e guarda do patrimônio público.

Com uma linha em funcionamento, o metrô de Teresina atende, atualmente, a população que reside nas proximidades das estações Alberto Silva (Centro), Matinha, Frei Serafim, Ilhotas, Renascença, Parque Ideal, Dirceu e Itararé. 

Através do Programa Rede Sobre Trilhos será investido R$1,7 bilhão, incluso no programa PAC Mobilidade.  

Na primeira etapa, com duração de 12 meses, o projeto prevê a remodelação completa de 13,8 quilômetros de trilhos com obras de nivelamento, ajustes geométricos, terraplanagem, drenagem e tratamento dos taludes.

Exposição internacional mostra novas composições do Metrô de Moscou

Está acontecendo em Scherbinka, localidade dos subúrbios de Moscou, o Salão Internacional de Tecnologias Ferroviárias Expo 1520. 

Estão expostos todos os equipamentos e protótipos das novas composições dos trens e metrô. 

Estas, por sinal, são as que mais estão atraindo o interesse dos visitantes.

Os novos vagões do Metrô de Moscou, já denominados de Inspiro, vão dispor de ar condicionado, isolamento acústico e wi-fi.

http://www.diariodarussia.com.br/fatos/noticias/2013/09/12/exposicao-internacional-mostra-novas-composicoes-do-metro-de-moscou/ 

O CBTC será a solução para a superlotação do Metrô de SP?


Os jornais (Estadão e Folha principalmente) vêm alardeando que o CBTC será a solução para a superlotação das composições das Linhas 1, 2 e 3 do Metrô de SP. Será mesmo? Para o leitor leigo, o que é o CBTC? E como ele funciona? Ele realmente conseguirá melhorar a vida do usuário do metrô? Este texto terá a difícil missão de tentar responder a estas perguntas sem utilizar-se de termos técnicos.

Para começar, o que é o CBTC? O CBTC é a sigla em inglês para “Communication Based Train Control” que em português pode ser entendido como “Comunicação de Trens Rádio Controlados”.

Hoje, o Metrô de SP (assim como muitos outros ao redor do mundo) utiliza o sistema ATC “Automatic Train Control” ou “Controle Automático de Trens” que é muito seguro e confiável. 

E qual é a diferença entre o ATC e o CBTC e por que os jornais alardeiam que o CBTC pode melhorar a superlotação? A diferença é que o ATC os trens são controlados remotamente e possui a supervisão por ação humana. 

Por mais que o sistema faça sozinho a gestão de boa parte da operação, ainda existem técnicos no CCO (ou Centro de Controle Operacional) que observam durante toda a operação o funcionamento dos trens. 

Estes técnicos também ficam responsáveis para se comunicar com os OT (operadores de trens) oferecendo informações importantes para que ninguém se machuque e a operação possa seguir sem maiores problemas. (Então, você já pode parar de reclamar do “maquinista” já que ele não é responsável pelas freadas bruscas dentro do Metrô.)

Mapa do CBTC no mundo (Imagem de Julho de 2012)
Mapa do CBTC no mundo (Imagem de Julho de 2012)
 
Já o CBTC é um sistema onde o próprio trem se comunicará diretamente com o outro trem. 

Os trens não precisam de intervenção humana. 

Ou seja, eles “conversam” entre si informando um ao outro onde eles estão, qual é a distância e velocidade que cada um está operando dentre outras informações. 

Ainda assim, existe a possibilidade da ação humana, em caso de claro, problemas ou questões que o sistema sozinho não conseguiria resolver. 

O CBTC está sendo utilizado na Linha 4 – Amarela, que é operado pela ViaQuattro e por isso que os carros daquela linha operam “driverless” ou seja, sem operadores de trem. 

E este será o futuro dos carros do Metrô nas outras linhas também.

O CBTC, por uma decisão operacional , foi colocado para ser testado na Linha 2 – Verde do Metrô. 

Ou seja, por decisão da Companhia, a Linha 2 seria o carro chefe de aprendizado com o novo sistema, já que todos sabemos que é preciso um “ajuste fino” para que o sistema funcione priorizando duas coisas: a segurança e a qualidade do serviço. 

Foi notícia nos jornais e não é fato a se esconder: o CBTC na Linha 2 ofereceu um desafio aos técnicos do Metrô e também aos técnicos da Alstom, empresa que por meio de licitação, ganhou o direito de oferecer o serviço. 

Ambas as equipes “sofreram” para que o sistema funcionasse com as necessidades operacionais de praxe. 

Há duas semanas, finalmente o sistema começou a operar comercialmente aos domingos. 

Este período de operação será aumentado gradativamente até que todos os problemas operacionais sejam sanados e não ofereçam problemas durante a operação em dias úteis, principalmente nos horários de pico. 

Com o término e o ajuste do CBTC na Linha 2, a Linha 1 será a próxima a receber o sistema. 

E por último, a Linha 3 também ganhará o sistema. Na expansão da Linha 5 – Lilás, o CBTC também estará presente.
Estação Sé sentido Corinthians-Itaquera da Linha 3-Vermelha
Estação Sé sentido Corinthians-Itaquera da Linha 3-Vermelha

O CBTC tem por excelência oferecer mais oferta de lugares nos metrôs onde ele já foi instalado. 

Usando dados fictícios, vamos tomar, por exemplo: a Linha 2 – Verde possui uma frota de 100 carros disponíveis. 

E destes 100 carros, com o ATC, apenas 80 podem operam nos horários de pico por motivos de segurança oferecendo 160 mil lugares aos usuários e o intervalo entre trens é de 2 minutos, sendo a distância segura entre os trens 400 metros. 

Já com o CBTC, a oferta de lugares irá aumentar, já que o sistema consegue controlar não só os 80 carros já em operação com o ATC, mas levar mais 10 ou mais carros para operar com segurança. Ou seja, mais carros, mais lugares, menos gente esperando nas plataformas e claro, menor intervalo entre trens.

Mas diminuir o intervalo de trens e aumentar a oferta de lugares não é somente o suficiente para diminuir a lotação. 

Por que, para manter a velocidade dos trens constante e os intervalos pré-programados sem alterações temos que lembrar que existe uma grande falta de bom senso e de educação do usuário do Metrô. 

E claro, a falta de eficiência da segurança do Metrô em gerir o embarque e o desembarque. Vide Sé, Brás e Barra Funda, todo dia. Uma das soluções para este problema seria, junto com a instalação do CBTC fosse feita a instalação das portas de plataformas, tais elas operam nas estações da Linha 4 – Amarela. 

Algumas estações da Linha 2 – Verde já contam com estas portas, mas é preciso ampliar para toda a linha para que realmente o CBTC tenha uma melhora efetiva na gestão da superlotação. É bom lembrar que as portas de plataforma da estação Vila Matilde (Linha 3 – Vermelha) foram colocadas lá e até o momento não foram colocadas em operação por dois motivos: o consórcio que ganhou a licitação faliu e a Linha 3 ainda não consta com o CBTC instalado e o sistema ATC até o momento não foi adaptado para funcionar com as portas. 

As novas estações da Linha 5 – Lilás segundo o Metrô já contaram com estas portas. O uso das portas é essencial para impedir o acúmulo de usuários no embarque e no desembarque.
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Além das dificuldades técnicas enfrentadas pelas equipes, existe uma resistência muito grande criada pela classe dos Metroviários. 

Estes, com o novo sistema sem operador de trem, temem por seus empregos, já que, como já acontece na Linha 4, os operadores não serão mais necessários. 

Tanto quanto a abertura e a transparência da Companhia do Metropolitano de São Paulo ao usar as redes sociais como também a instalação do CBTC são temas polêmicos internamente, já que ambos dividem opiniões e ordens dentro da mesma. 

O que o Metrô e principalmente os Metroviários esquecem é que, em ambos os casos, quem perde é o usuário do sistema, que se vê cada dia mais cansado de utilizar um serviço mal prestado.

Conclusão: o CBTC sozinho não será responsável em aliviar a viagem cotidiana dos usuários. 

Para que isso aconteça, tomando-se apenas as ações do Metrô como base, a conclusão é que é preciso que os metroviários, através dos profissionais que atuam como agentes de segurança e fiscais de plataforma cumpram suas atividades com mais atenção, educação, rigidez e excelência e que o Metrô, enquanto órgão do governo entenda que as portas de plataforma também são necessárias para que o novo sistema seja uma diferença no dia a dia. 

Site do Metrô mostra detalhes do megatatuzão

O megatatuzão é o equipamento utilizado pelo Metrô de São Paulo, atualmente em operação na Linha 5-Lilás, para perfurar túneis por onde passarão os trens. 

O tatuzão tem 75 metros de comprimento, pesa 1.500 toneladas e utiliza 20 motores para funcionar.  

Visite o site produzido pelo Metrô de São Paulo e conheça os detalhes do equipamento que traça o caminho por onde passarão milhões de pessoas.

Descoberto no Rio sítio arqueológico com peças da época do Império


Peças foram encontradas no terreno da Avenida Francisco Bicalho, ao lado da antiga estação de trens da Leopoldina
Peças foram encontradas no terreno da Avenida Francisco Bicalho, ao lado da antiga estação de trens da Leopoldina
Foram encontradas mais de 200 mil peças, inteiras ou fragmentadas, que remontam ao Rio de Janeiro dos séculos XVII, XVIII e XIX, nas obras da Linha 4 do metrô, que liga a Barra da Tijuca a Ipanema, no Rio de Janeiro.

"Podemos estar diante do mais importante sítio arqueológico da cidade. 

A quantidade e qualidade do material encontrado são impressionantes", afirma Cláudio Prado de Mello, arqueólogo responsável pelo trabalho de pesquisa no local.

Um dos objetos encontrados por Cláudio e sua equipe - que conta com 26 profissionais, entre arqueólogos, historiadores, biólogos e ajudantes -, foi uma escova de dente em marfim e osso com a inscrição em francês: "S M L'EMPEREUR DU BRESIL" (Sua majestade, o imperador do Brasil). Acredita-se que ela pertenceu a Dom Pedro II ou outro membro da família real portuguesa, que vivia ali perto em São Cristóvão.

Além da inscrição, a tese é reforçada não só pela proximidade da região com o Palácio da Quinta da Boa Vista, mas também pelo fato de a história mostrar que a região da atual Leopoldina servia como local de descarte de resíduos provenientes do Palácio Imperial. Há ainda canecas com o brasão da família real, frascos de perfume e joias dos nobres da época do Império.

"Entre 50 centímetros e 2,5 metros da superfície encontramos peças de louça, vidro, porcelana, couro e até ouro. 

Com este trabalho, iniciado em março, é possível reconstituir o passado de toda essa região", diz Cláudio.

As peças foram encontradas no terreno da Avenida Francisco Bicalho, ao lado da antiga estação de trens da Leopoldina, onde foi instalada a fábrica de anéis de concreto que serão utilizados na escavação dos túneis do metrô. 

Em todo o empreendimento da Linha 4 do Metrô, a equipe de arqueologia acompanha a execução das obras para o caso de aparecer algum material durante as escavações. 

No entanto, na Leopoldina o serviço foi intensificado, pois já se tinha notícia da existência do sítio arqueológico, apesar de, até então, nunca terem sido feitas prospecções no local.

Os materiais têm sido resgatados com extremo cuidado e depois de estudados e catalogados, serão enviados para uma instituição de pesquisa arqueológica que será definida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

História

Os primeiros habitantes da região da Leopoldina foram índios que procuravam as águas tranquilas e quentes do Saco de São Diogo para caçar e pescar. 

As pesquisas históricas indicam que ali bem perto na área do Gasômetro vivia a tribo de Araribóia e que depois da chegada dos franceses ao Rio de Janeiro, por volta de 1570, foram levados para Niterói.

Mais tarde, D. João VI decidiu se mudar do Paço da Cidade (Praça XV) para São Cristóvão. Fato que determinou as profundas mudanças que o local iria passar. Por volta de 1808 e 1809, começou-se a fazer um aterro que facilitaria o caminho do Rei e de seus súditos. 

O "Caminho das Lanternas" ou o "Aterrado das Lanternas", pois colocava-se uma espécie de poste para iluminar o trajeto, seguia da região da atual Central do Brasil até São Cristóvão.

No meio do caminho estava o Largo do Matadouro, atual Leopoldina. No local existiu entre 1853 e 1881 o local oficial do abate de animais que era controlado pelo poder público. 

O Matadouro Imperial de São Cristóvão foi inaugurado em 1853 e foi utilizado ativamente até passar a incomodar pelo mau cheiro e abutres que perseguiam os restos de animais.

Em 1881, o matadouro foi transferido para a antiga Fazenda dos Jesuítas, em Santa Cruz, e os pavilhões da região da Leopoldina, foram demolidos. 

O único remanescente das construções é o pórtico neoclássico de acesso que pode ser visto na atual Praça da Bandeira, na entrada da Escola Nacional de Circo.

Infestação de milípedes causa acidente de trem na Austrália

Artrópodes esmagados teriam deixado trilhos lisos.
Choque com trem estacionado deixou 6 passageiros com torcicolo.


Uma infestação de milípedes pode ser uma das causas de um acidente envolvendo dois trens na cidade de Clarkson, na Austrália.

Os trilhos da via, de acordo com o jornal “Daily Mail”, estariam cobertos por centenas de milípedes portugueses, que foram esmagados e fizeram com que o trem escorregasse e batesse em outra composição estacionada.

O acidente deixou seis passageiros feridos levemente, que tiveram torcicolo após o choque entre os trens.

David Hynes, porta-voz da Autoridade de Transporte Público da região, afirma que os artrópodes são considerados um fator que poderia ter causado o acidente, já que os animais foram esmagados e tornaram os trilhos escorregadios. 

“O trem perdeu tração e acabou escorregando”, afirmou Hynes.
Infestação de artrópodes teria feito trem escorregar e bater em composição estacionada na Austrália, deixando 6 passageiros feridos (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

Trem luminoso cruza os EUA com obras de arte, música e até gastronomia; veja

Conheça outros trabalhos em espaços públicos, como estações de metrô e paradas de ônibus, que tornam a rotina das cidades mais criativa e interessante

Nesta sexta-feira (dia 6), o artista multimídia norte-americano Doug Aitken – autor do Sonic Pavilion (2009), em Inhotim – lança um projeto de arte pública que arrecadará fundos para a programação não convencional em museus norte-americanos.

O projeto Station to Station transforma um trem que cruza os Estados Unidos (de Nova York a São Francisco) entre esta sexta e 28 de setembro numa obra de arte cinética luminosa. 

Durante as viagens, apresentações terão as presenças de personalidades e criadores dos campos da música, fotografia, escultura, site specifics e gastronomia. 

Entre os nomes anunciados, além do próprio Doug Aitken, estão o brasileiro Ernesto Neto e os artistas múltiplos Olafur Eliasson, Urs Fisher, James Turrell e Jorge Pardo. Da indústria da música e de suas conexões com a arte, participam do projeto Giorgio Moroder, Ariel Pink, Beck, Cat Power, Savages, No Age e muitos outros. Alice Waters é a curadora gastronômica e Leif Hedendal será o chef oficial da viagem. 

Os tickets estão à venda no site e custam US$ 25 por pessoa.

A união de artistas e meios de transporte faz da movimentação nas grandes cidades mais agradável (e até uma atividade turística) ao mesmo tempo em que torna a arte mais acessível e provocativa, fora dos muros dos museus e dos espaços reservados apenas ao lazer.

Razões políticas e sociológicas
 
Se na Rússia, por exemplo, as estações foram usadas para ostentar a riqueza de uma nação desde os anos 1930 - ainda hoje as áreas são comparadas a palácios e museus –, o modelo inspirou outros países, que adotaram os espaços públicos como artísticos e de identidade nacional, como é o caso da Suécia e de Portugal, mas também da França, da Inglaterra (dona do metrô mais antigo do mundo, de 1863) e, mais recentemente, da Itália.

Obra do arquiteto catalão Oscar Tusquets Blanca com mosaicos da Bisazza, a estação Toledo de metrô fica em Nápoles. Foto: Bisazza/Andrea ResminiSandra Theodozio, coordenadora de Ação Cultural da Companhia Metropolitano de São Paulo, conta que o projeto “Arte no Metrô” trabalha, desde 1978, com a introdução de arte nas estações, cedendo espaço através de concurso para obras que, em geral, tem apoio de leis de incentivo à cultura para existir.
 
“Os croquis dos espaços com vocação para instalação de obras nas estações em fase de projeto são disponibilizados na área de Cultura e Lazer do site e, com isso, pretende-se minimizar as interferências geradas após a inauguração das futuras estações”.
 
Em outros países, iniciativas menos dependentes de leis de incentivo à cultura e mais ligadas às próprias administradoras do sistema de transporte – como o programa STArt, do Sound Transit, nos Estados Unidos – destinam 1% do valor da obra pública à inclusão de murais, instalações cinéticas, graffiti, esculturas, mosaicos e até intervenções arquitetônicas.
 
O resultado da mobilização em torno da inserção da arte no cotidiano das cidades faz espalhar-se pelo mundo estações de transporte que impressionam e, sem dúvida, valem a parada.
 







Prefeitura discute enterramento de linha de trem e parque linear para o Arco do Futuro


arco do futuroUma das promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad é a criação do arco do futuro, um projeto urbanístico um tanto quanto ousado que visa juntar moradia, emprego e requalificação do espaço.

Foram apresentados por 17 consórcios, ideias para integrarem o projeto, como o enterramento dos trilhos de trem entre a Lapa e o Brás, e também a criação de um parque linear restituindo o verde e a água das chuvas nas margens do rio Tietê. Investimentos que podem chegar a R$ 20 bilhões.

Mas, não é algo tão simples de tirar do papel: “O Arco Tietê é um plano para ter repercussão daqui a 30 anos”, afirma o secretário de Desenvolvimento Urbano da prefeitura, o arquiteto Fernando de Mello Franco.  

Trata-se de uma ideia estratégica, de acordo com o secretário, porque conecta a cidade com o interior, tem zonas industriais, como a produção de roupas no Bom Retiro, trem, metrô, um rio a ser recuperado e bairros pouco ocupados, como a Água Branca, com 30 habitantes por hectare, menos da metade da média da cidade (70).

As ideias foram discutidas em uma audiência pública, e agora as empresas terão seis meses para apresentar modelos mostrando a viabilidade urbana, econômica e jurídica do plano.

Quem vai bancar o projeto?

Para bancar o plano, a prefeitura pretende lançar mão de parcerias, concessões e investimento direto. 

Uma das ideias é oferecer áreas públicas para os consórcios em troca de investimentos.

Um exemplo: a SPU (Secretaria do Patrimônio da União) pode transferir áreas da antiga Rede Ferroviária Federal para a prefeitura, que cederia os terrenos aos consórcios.

Outra área federal que está entre os alvos do Arco Tietê é o Campo de Marte, que abriga um aeroporto. 

Ele pode virar parque, com construções numa pequena área.

Arquivo INFOTRANSP