Desde que as obras para a chegada da Trensurb a Novo Hamburgo foram iniciadas, em 2009, os moradores e comerciantes tiveram que adaptar suas rotinas para acompanhar o ritmo de canteiro de obras que tomou conta do município.
Os impactos não foram poucos e ainda são sentidos, aumentando ainda mais a expectativa para a inauguração das três estações que ainda estão sendo construídas. Com entrega prevista inicialmente para dezembro do ano passado, a entrada em operação das estações Industrial, Fenac e Novo Hamburgo deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2013, sem uma data definida para que os vagões finalmente circulem pelos trilhos da cidade do Vale do Sinos. As três novas estações vão agregar 4,5 quilômetros àTrensurb, fruto de um investimento de R$ 844 milhões, que contemplou também as duas estações inauguradas no ano passado, uma em São Leopoldo e outra em Novo Hamburgo, a primeira a operar no município.
Em meio a uma das vias mais afetadas pela chegada do metrô de superfície, a avenida Nações Unidas, o gerente do posto de combustíveis Maringá, Roberto Schmidt, relata que o movimento caiu cerca de 25% desde o início das obras. O acesso de veículos ao posto ainda está parcialmente interrompido, fator essencial para que o negócio funcione plenamente. Apesar do atual cenário, Schmidt destaca que a situação já foi pior com a operação atípica: o posto chegou a ficar sem acesso, causando uma derrapada de 50% do volume de clientes. “Uma ponte próxima foi demolida e levou muito tempo para ficar pronta, o posto ficou 108 dias sem acesso, foram 108 dias difíceis”, desabafa o gerente. Os clientes mais fiéis ignoraram o bloqueio e seguiram abastecendo no local, mesmo tendo que entrar no estabelecimento pela contramão.
Mesmo com “muitas perdas”, Schmidt acredita em uma compensação depois de finalizadas as obras. A projeção é de que o maior fluxo de pessoas nos arredores do posto, que fica próximo à estação Fenac, resulte num acréscimo de 20% a 30% de clientes na comparação com a frequência registrada antes do início de todo o processo. “A promessa é que as obras se encerrem no fim do ano, mas, com a velocidade que vemos, eu não acredito, acho que passa, mas estou falando de obras totalmente concluídas”, sugere. Se levada em conta a palavra do diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, o gerente Schmidt e os demais habitantes de Novo Hamburgo podem se tranquilizar. A extensão até o Centro de Novo Hamburgo deve ser finalizada em agosto, com previsão de início da operação comercial para o segundo semestre do ano. “Essa é a referência de conclusão que trabalhamos, salvo alguma alteração, mas o consórcio Nova Via se comprometeu com esse prazo”, defende Kasper.
O dirigente da Trensurb explica que as obras estão em situação bastante adiantadas.
Em meio a uma das vias mais afetadas pela chegada do metrô de superfície, a avenida Nações Unidas, o gerente do posto de combustíveis Maringá, Roberto Schmidt, relata que o movimento caiu cerca de 25% desde o início das obras. O acesso de veículos ao posto ainda está parcialmente interrompido, fator essencial para que o negócio funcione plenamente. Apesar do atual cenário, Schmidt destaca que a situação já foi pior com a operação atípica: o posto chegou a ficar sem acesso, causando uma derrapada de 50% do volume de clientes. “Uma ponte próxima foi demolida e levou muito tempo para ficar pronta, o posto ficou 108 dias sem acesso, foram 108 dias difíceis”, desabafa o gerente. Os clientes mais fiéis ignoraram o bloqueio e seguiram abastecendo no local, mesmo tendo que entrar no estabelecimento pela contramão.
Mesmo com “muitas perdas”, Schmidt acredita em uma compensação depois de finalizadas as obras. A projeção é de que o maior fluxo de pessoas nos arredores do posto, que fica próximo à estação Fenac, resulte num acréscimo de 20% a 30% de clientes na comparação com a frequência registrada antes do início de todo o processo. “A promessa é que as obras se encerrem no fim do ano, mas, com a velocidade que vemos, eu não acredito, acho que passa, mas estou falando de obras totalmente concluídas”, sugere. Se levada em conta a palavra do diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, o gerente Schmidt e os demais habitantes de Novo Hamburgo podem se tranquilizar. A extensão até o Centro de Novo Hamburgo deve ser finalizada em agosto, com previsão de início da operação comercial para o segundo semestre do ano. “Essa é a referência de conclusão que trabalhamos, salvo alguma alteração, mas o consórcio Nova Via se comprometeu com esse prazo”, defende Kasper.
O dirigente da Trensurb explica que as obras estão em situação bastante adiantadas.
No caso da estação industrial, a parte civil já está finalizada, faltando agora a conclusão da instalação de sistemas, que, segundo Kasper, está “praticamente 100% concluída”.
Segundo ele, “a estação Fenac também está bem avançada, e a estação que ainda resta é a Novo Hamburgo, que também está num bom estágio de andamento.
A parte de instalação de redes aéreas igualmente está sendo trabalhada, bem como a instalação de sistemas de sinalização, que estão sendo implantados nessa segunda etapa”, detalha o executivo.
As dificuldades não são sentidas apenas pela população, a própria empresa de transporte coletivo se viu obrigada a administrar questões como a mudança de cronograma, causada principalmente pela ampliação dos serviços e pelo acréscimo de outras etapas da obra, como a estação Industrial, que não estava prevista na primeira versão do projeto da Trensurb.
As dificuldades não são sentidas apenas pela população, a própria empresa de transporte coletivo se viu obrigada a administrar questões como a mudança de cronograma, causada principalmente pela ampliação dos serviços e pelo acréscimo de outras etapas da obra, como a estação Industrial, que não estava prevista na primeira versão do projeto da Trensurb.
Além disso, a execução de obras complementares também alterou a previsão inicial do andamento do processo. “Mas estamos plenamente satisfeitos, é uma das obras mais bem avaliadas no cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, argumenta Kasper.
Previsão é de que em 2014 haverá absorção de 10 mil novos passageiros
Kasper afirma que projeções feitas pela empresa mostram que, quando sistema do metrô estiver integrado ao de ônibus, haverá um crescimento de 30 mil passageiros diários no município.
Embora as obras da Tresurb venham gerando alguns transtornos nos hábitos e no trânsito de Novo Hamburgo, a população aguarda ansiosa pelo pleno funcionamento do metrô de superfície. Estima-se que cerca de 30 mil novos passageiros passem a utilizar o serviço, ajudando a desafogar o movimento da congestionada BR-116 e fornecendo à região uma alternativa em mobilidade urbana.
O diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, afirma que a absorção desse contingente deve se dar até 2015, conforme as projeções da empresa. “Temos uma média de 184 mil passageiros por dia, nos dias úteis e prevemos, em 2014, aproximadamente 10 mil passageiros a mais, mas a previsão é de que quando o sistema de ônibus metropolitano e intermunicipal de Novo Hamburgo for totalmente integrado ao Trensurb, entrem um total de 30 mil passageiros”, diz.
Uma das expectativas é que os motoristas deixem seus carros na garagem para se locomover sobre os trilhos. Essa não apenas será, como já é uma opção para o presidente da Associação de Moradores dos Bairros Ideal e Liberdade (contemplados pelas obras), Argeu Rodrigues dos Santos. A estação que melhor irá atender Santos – a Fenac – ainda não está em operação, mas desde o ano passado, quando foi inaugurada a estação Santo Afonso, ele e sua família têm optado pelo uso do trem para se deslocar a São Leopoldo e Porto Alegre.
Além de mais barato para o bolso – a passagem do Trensurb custa R$ 1,70 – o uso do trem ainda permite economia de tempo. “Eu moro perto de onde terá uma estação, e vou ser franco, no momento que começar a operar, muitos carros deixarão de andar pela BB-116, haverá uma mudança muito grande, com benefício para as pessoas que transitam de carro”, sugere Santos.
O diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, afirma que a absorção desse contingente deve se dar até 2015, conforme as projeções da empresa. “Temos uma média de 184 mil passageiros por dia, nos dias úteis e prevemos, em 2014, aproximadamente 10 mil passageiros a mais, mas a previsão é de que quando o sistema de ônibus metropolitano e intermunicipal de Novo Hamburgo for totalmente integrado ao Trensurb, entrem um total de 30 mil passageiros”, diz.
Uma das expectativas é que os motoristas deixem seus carros na garagem para se locomover sobre os trilhos. Essa não apenas será, como já é uma opção para o presidente da Associação de Moradores dos Bairros Ideal e Liberdade (contemplados pelas obras), Argeu Rodrigues dos Santos. A estação que melhor irá atender Santos – a Fenac – ainda não está em operação, mas desde o ano passado, quando foi inaugurada a estação Santo Afonso, ele e sua família têm optado pelo uso do trem para se deslocar a São Leopoldo e Porto Alegre.
Além de mais barato para o bolso – a passagem do Trensurb custa R$ 1,70 – o uso do trem ainda permite economia de tempo. “Eu moro perto de onde terá uma estação, e vou ser franco, no momento que começar a operar, muitos carros deixarão de andar pela BB-116, haverá uma mudança muito grande, com benefício para as pessoas que transitam de carro”, sugere Santos.
Com os congestionamentos, em horários de pico, o dirigente leva duas horas no trajeto entre Novo Hamburgo e Porto Alegre.
Desde que passou a apanhar o trem na estação Santo Afonso, o tempo de viagem caiu para menos de 40 minutos.
Processo de integração torna estações diferentes
Clarissa afirma que novo meio de transporte vai facilitar deslocamentos dos filhos para a faculdade.
Moradora do bairro Ideal, a empresária Clarissa de Oliveira Behs não vê a hora de ter, em frente ao seu negócio, a constante circulação de vagões e passageiros. Clarissa também foi afetada pelas obras, que reduziram o acesso ao Posto de Molas Behs, do qual é proprietária. Os prejuízos, no entanto, não chegam nem perto da expectativa. “Acho que vai ser uma coisa muito boa para a cidade. Tenho filhos adolescentes e creio que para a faculdade, com transporte até São Leopoldo e Porto Alegre, vai ser muito importante”, diz.
A despeito da estranheza com o formato da operação em Novo Hamburgo, onde os trilhos são suspensos por uma elevada, diferentemente das outras cidades onde os trilhos são fixados no solo, Clarissa afirma que assim a cidade consegue preservar melhor sua identidade visual e a unidade entre os diferentes bairros. “A elevada ficou bonita, e as estações também. Vemos muitos benefícios para a cidade”, conta. “É muito melhor que o trem passe por cima da cidade do que por baixo, como em Canoas, onde temos a sensação de que o trem dividiu a cidade.”
As diferenças em relação a outras estações não se restringem à gigantesca elevada que passa pelo Centro de Novo Hamburgo.
A despeito da estranheza com o formato da operação em Novo Hamburgo, onde os trilhos são suspensos por uma elevada, diferentemente das outras cidades onde os trilhos são fixados no solo, Clarissa afirma que assim a cidade consegue preservar melhor sua identidade visual e a unidade entre os diferentes bairros. “A elevada ficou bonita, e as estações também. Vemos muitos benefícios para a cidade”, conta. “É muito melhor que o trem passe por cima da cidade do que por baixo, como em Canoas, onde temos a sensação de que o trem dividiu a cidade.”
As diferenças em relação a outras estações não se restringem à gigantesca elevada que passa pelo Centro de Novo Hamburgo.
O diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, acrescenta que em função do processo de integração que será efetivado junto ao terminal rodoviário de Novo Hamburgo, a estação Fenac vai ter um acesso especial, ligando-a ao pátio do terminal, através de uma passarela que permitirá aos usuários uma conexão direta entre os dois pontos.
“Em função disso, essa estação possui um mezanino intermediário.
Tem o embarque, o mezanino intermediário, por onde os usuários podem acessar a estação rodoviária diretamente pela passarela”, explica.
Já na estação Novo Hamburgo, no Centro da cidade, foram idealizadas, além de plataformas laterais, uma plataforma central, a fim de facilitar a manobra dos trens, levando em conta que essa passará a ser a estação final da linha. “Diferentemente do outro ponto final, na estação Mercado, haverá uma plataforma central, que pode realizar tanto embarque como desembarque de passageiros”, esclarece o executivo. “A estação Novo Hamburgo também deve ter um terminal de integração multimodal junto à estação”, acrescenta.
Já na estação Novo Hamburgo, no Centro da cidade, foram idealizadas, além de plataformas laterais, uma plataforma central, a fim de facilitar a manobra dos trens, levando em conta que essa passará a ser a estação final da linha. “Diferentemente do outro ponto final, na estação Mercado, haverá uma plataforma central, que pode realizar tanto embarque como desembarque de passageiros”, esclarece o executivo. “A estação Novo Hamburgo também deve ter um terminal de integração multimodal junto à estação”, acrescenta.
Nova frota vai melhorar atendimento
O processo de ampliação da linha do Trensurb não é um movimento isolado.
Paralelamente, está em andamento a compra de outros 15 novos trens, cada um com quatro carros, que devem ser agregados à atual frota de 25 trens em operação.
O contrato de compra foi assinado em novembro, com o consórcio Frota Poa.
Como cada trem leva em média um ano e meio para ser entregue, a expectativa é que a partir de maio de 2014 os veículos comecem a chegar à Trensurb. “A partir de maio do ano que vem, receberemos dois trens a cada mês, esse é o cronograma do contrato conforme assinado”, destaca o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper.
A ideia é acoplar dois novos trens, ou seja, oito vagões, no horário de pico já no próximo ano.
A ideia é acoplar dois novos trens, ou seja, oito vagões, no horário de pico já no próximo ano.
De acordo com Kasper, esse passo pode duplicar a atual capacidade de transporte de passageiros nos horários de maior demanda.
O executivo calcula que após a aquisição total da nova frota, totalizando 40 trens, o Trensurb não precisará de novos trens por um longo período. “Trabalhando com nossa frota (25 trens) e os 15 novos trens, pelo nosso horizonte, pelo menos por 30 a 40 anos não precisaremos de nova estrutura porque essa frota de 40 trens é suficiente”, assinala Kasper.
Obras complementares que vieram junto vão beneficiar o município
O gestor municipal que acompanhou a chegada do trem mais de perto foi o ex-prefeito de Novo Hamburgo Tarcisio Zimmermann, que considera o processo “fundamental” para o desenvolvimento da cidade, tanto pela facilidade de ligação com as demais localidades da Região Metropolitana, quanto pela concretização de novos negócios, especialmente para a Fenac. “Outros empreendimentos, como shoppings, também vão se beneficiar. Novo Hamburgo passa a ter uma integração muito melhor com a região, o que é uma oportunidade extraordinária”, garante Zimmermann.
O ex-prefeito destaca que nos últimos 18 meses a população resistiu a entraves mais severos em termos de trânsito e limitações na mobilidade frente às obras.
O ex-prefeito destaca que nos últimos 18 meses a população resistiu a entraves mais severos em termos de trânsito e limitações na mobilidade frente às obras.
Mas a adversidade será recompensada.
Além dos milhares de veículos, entre carros e ônibus, que devem deixar de trafegar na BR-116, Zimmermann lembra que, junto às ações específicas da Trensurb, também foram executadas obras complementares, que devem gerar benefícios para além da mobilidade no município.
A principal obra realizada nesse sentido é a nova canalização do Arroio Luiz Rau.
A principal obra realizada nesse sentido é a nova canalização do Arroio Luiz Rau.
A iniciativa é responsável pela expectativa de que os (até então) frequentes alagamentos deem trégua em dias de chuva. “Tínhamos várias áreas que inundavam por conta da insuficiência da calha desse arroio.
Agora, houve obra de mais de R$ 64 milhões, que veio junto com as obras do trem e que vai resolver por muito tempo o problema dos alagamentos.
Foi uma grande conquista adicional à cidade”, explica Zimmermann.
A ideia é de que a vazão do arroio aumente em 30% com a canalização.
Para o ex-prefeito, é importante enfatizar que essas obras eram aguardadas há mais de 25 anos e que, agora, elas chegam inteiras à cidade, com “estações modernas e planejadas para atender às necessidades.
Não é pouca coisa o que ganhamos graças a essa obra”, comemora.