18 fevereiro 2013

Metrô: mais lojas e com cara de shopping

 Drogarias, lanchonetes e setores como telefonia estão entre as empresas que devem ocupar as estações

O Metrô iniciou nesta sexta-feira a licitação para agências de viagens que estejam interessadas em instalar nos próximos meses nove guichês em estações das linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 5-Lilás. 

A ação faz parte de um plano de expansão de estabelecimentos comerciais em áreas das estações da companhia. 

Somente neste ano, outras 49 lojas dos ramos de farmácia, alimentação e telefonia móvel  vão passar a funcionar em espaços que hoje estão ociosos, num total de 58 novos pontos comerciais.

Atualmente, o Metrô tem 66 lojas em funcionamento e há outros 155 espaços disponíveis para locação. 

A expectativa da empresa é de que nos espaços passem a funcionar lojas com vários tipos de atividades, como venda de roupas, lotéricas e óticas. 

Também são estudadas a implantação de correspondentes bancários e até lavanderias.

Os guichês de agências de viagem vão ficar nas estações Ana Rosa, Anhangabaú, Brás, Corinthians-Itaquera, Largo Treze, Luz, Tatuapé, São Bento e Sé. 

Os espaços variam de 4,5 m² a 34,76 m² e estão disponíveis em geral nas áreas de mezanino das estações. 

A ideia de abrir espaço para turismo veio da experiência bem-sucedida de uma empresa de venda de passagens aéreas na Estação Sé.

“Cada loja que vence a licitação tem um contrato médio de cinco anos para alugar o espaço. 

No caso dos quiosques de alimentação, o prazo é de três anos”, afirma Aluízio Gibson, gerente de negócios do Metrô. 

Segundo Gibson, somente com as 66 empresas em funcionamento nas estações são arrecadados anualmente R$ 10 milhões. 

A expectativa é de que em 2013 o incremento dessa receita seja de R$ 4 milhões. “O aluguel varia de R$ 150 a R$ 300 pelo metro quadrado.

Essa receita não operacional (que não vem da venda de bilhetes) contribui para manutenção da tarifa de transporte público mais barata”, afirma o gerente de negócios.

O Metrô ainda  estuda ampliar a locação de espaço para lojas em estações da Linha 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente).

Comércio rendeu R$ 18,5 milhões em 2012

O comércio lojista dentro das dependências da companhia registrou em 2012 R$ 18,5 milhões. 

Esse é apenas um dos segmentos que compõem a receita não tarifária do Metrô, composta de valores obtidos com a locação de espaços, publicidade em trens e estações, participação no faturamento de shopping centers e da administração de terminais rodoviários.

4 a 34 m²

é o tamanho das lojas onde ficarão agências de viagem 

Público predominante é de mulheres jovens

Um estudo de 2012 mostra que as consumidoras são a maioria (55%). 

A faixa etária predominante de quem adquire produtos no Metrô está entre 18 e 24 anos.

Arquivo INFOTRANSP