15 setembro 2012

Tarifa da linha 5 do metrô vai ter desconto de até R$ 0,50


A partir do próximo mês de novembro, os passageiros que usarem a linha 5-lilás do metrô de São Paulo terão um desconto de pelo menos R$ 0,50 na tarifa que custa hoje R$ 3.

O benefício será dado caso utilizem o transporte entre as 9h e as 10h da manhã - depois do horário considerado de pico.

De acordo com o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o objetivo é reduzir a quantidade de passageiros nas plataformas das estações Santo Amaro e Pinheiros nos piores horários para usar o metrô.

As duas paradas possuem integração com a linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

"Elas [essas paradas] estão recebendo uma carga muito grande até pela inexistência [de todas as estações] da linha 5-lilás", disse.

Por enquanto, o trecho liga o Capão Redondo ao Largo 13 (zona sul de São Paulo). O projeto prevê que ele se estenda até a Chácara Klabin.

O anúncio do desconto foi feito no encerramento da 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, ontem.
De acordo com Fernandes, após as 8h50, as estações Santo Amaro e Pinheiros começam a ficar vazias.
"Se as pessoas pudessem usar fora desse horário [de pico], seria bom."

O sistema de cobrança de tarifa com desconto não deve durar para sempre. Segundo o secretário, quando a linha 5-lilás chegar até a estação Santa Cruz e fizer integração com a linha 1-azul, o preço da tarifa volta ao normal.


EM ESTUDO

A secretaria ainda estuda não cobrar a integração dos passageiros da linha 5-lilás aos ônibus municipais.

Os passageiros que descerem na estação Largo 13 para pegar um ônibus no terminal Santo Amaro podem não pagar a tarifa nos coletivos. 

A pasta também estuda liberar as catracas do Expresso Leste nas integrações com a linha 3-vermelha, após as 10h.


11 setembro 2012

SP lança edital para contratar projetos de trem expresso regional

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lançou nesta segunda-feira o edital de licitação dos projetos básico e executivo para implantação do trem expresso que ligará a cidade de Jundiaí a São Paulo. Haverá concorrência internacional e o vencedor terá prazo de 24 meses para entregar os estudos. O valor do investimento para os projetos é de cerca de R$ 153 milhões.

Segundo o governador, o trem deverá fazer o trajeto de 47 quilômetros em 25 minutos, sem parada. "A nova linha é uma ferrovia segregada e vem ao lado da atual até Perus.

E de Perus para cá é um novo traçado, que irá encurtar o percurso em quase oito quilômetros", destacou Alckmin, em nota.

Após a publicação do edital, a cptm (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, responsável pela implantação do projeto, prevê a abertura dos envelopes com as propostas em 60 dias.

 A empresa a ser contratada desenvolverá todos os estudos de infraestrutura necessários para o empreendimento, considerando as variáveis ambientais e aspectos geotécnicos na elaboração dos projetos.

A licitação também contempla a elaboração dos projetos básicos e executivos de uma nova estação em Jundiaí, da estação Água Branca, na zona oeste da capital paulista, e de um novo pátio de manutenção e estacionamento de trens.

A demanda inicial da linha está estimada em cerca de 20 mil passageiros por dia.

O novo serviço deve ser implantado e operado por uma concessionária privada, por meio de parceria público-privada (PPP), com investimento estimado em R$ 3,2 bilhões.

A previsão do governo de São Paulo é que o novo serviço entre em operação entre 2016 e 2017. Além do trem regional para Jundiaí, há projetos de ligação ferroviária da capital paulista para Sorocaba, Campinas e Santos.

Durante solenidade em Jundiaí, o governador anunciou ainda investimento de R$ 705 milhões na linha 7-rubi (Luz-Jundiaí) da CPTM.

O montante será destinado à modernização ou reconstrução de oito estações --Pirituba, Perus, Caieiras, Baltazar Fidelis, Botujuru, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí.

Outras quatro --Água Branca, Lapa, Piqueri e Vila Clarice-- terão os editais para licitação publicados até o início de 2013. No total serão investidos cerca de R$ 30 milhões nos estudos e R$ 675 milhões em obras.

Segundo o governo de São Paulo, todas as estações da Linha 7 serão adequadas para o novo volume de usuários e vão dispor de escadas rolantes e de todos os itens de acessibilidade.

 As intervenções também compreendem a construção de mezanino de acesso e passarela para transpor a faixa ferroviária.

Com 420 mil usuários por dia útil, a Linha 7 atende a sete municípios: São Paulo, Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí.

09 setembro 2012

Linha 1 do metrô será gratuita nos dias que Salvador receber Copa das Confederações

Nas três datas em que a capital baiana terá partidas das Copa das Confederações, 20, 22 e 30 de junho,  a Linha 1 do metrô funcionará gratuitamente. 

A medida veio depois do Comitê Organizador Local (COL), que organiza os eventos Fifa, pediu explicações sobre o meio de transporte que ainda não funciona. 

O governo do Estado da Bahia, em parceria com a Prefeitura Municipal, garantiu colocar a Linha 1 em operação a partir de 2013. 

Há 40 anos, o metrô – enfim – começava a operar


Espanto. Empolgação. Otimismo. E um pouco de medo. Foi assim que São Paulo viu nascer seu metrô, em 6 de setembro de 1972. Nessa data ocorreu o primeiro teste de um trem da companhia, em evento que contou com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais. 

O transporte rápido sobre trilhos só começaria a operar comercialmente dois anos mais tarde, mas o teste foi considerado uma inauguração: afinal, ainda que por poucos metros, era a primeira vez que um metrô andava em São Paulo.

“Naquele tempo, uma coisa dessas era novidade para todo mundo”, comenta Antonio Aparecido Lazarini, que teve o privilégio de ser o condutor desse primeiro teste (leia mais abaixo). “Tinha gente que perguntava se, por andar debaixo da terra, dava para ver o subsolo. E muitos tinham medo, diziam que podia ser perigoso, que jamais andariam em um negócio desses. Alguns imaginavam que andar de metrô seria como entrar em uma caverna.”

Os funcionários mais antigos da companhia também se recordam que muitos paulistanos não aprovavam as obras. Reclamavam dos transtornos na região, da demora em concluir tudo e, principalmente, do alto valor investido.
Evolução. Autoridades, urbanistas e as pessoas mais esclarecidas, por outro lado, viam a novidade com extremo otimismo. 

Em 25 de janeiro de 1972, o Estado publicou uma reportagem em que especialistas previam que, dentro de 20 anos, a cidade contaria com “dezenas de linhas de metrô”. Quarenta anos se passaram e as linhas são apenas cinco. Quando o metrô entrou em operação, seus trens percorriam, diariamente, 353 km. Hoje, o total percorrido é de cerca de 67 mil km.

Outro fato importante é que o metrô já nasceu atrasado em São Paulo. Para se ter uma ideia, Londres, a primeira cidade do mundo a contar com um sistema de transporte assim, fez essa inauguração em 10 de janeiro de 1863. Isso mesmo: 111 anos antes da inauguração comercial do sistema em São Paulo.

Resultado: enquanto a malha metroviária da capital britânica é de 400 km, os paulistanos têm apenas 78,1 km à disposição (veja mais dados no infográfico acima).

Otimismo. O secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, diz que a marcha lenta da criação de novas linhas ficou no passado. “A expectativa hoje é muito mais segura. Você tem quatro linhas em construção e, até março, poderemos ter cinco obras ao mesmo tempo. É inevitável que vamos partir para um patamar de 10 km de linhas construídas por ano.” O que se viu até agora, no entanto, foi um número muito menor. Na história do metrô, a média tem sido de 2 quilômetros de linha a cada 12 meses.

Com mais linhas abertas, a promessa da atual gestão da Companhia do Metropolitano é de uma cidade integrada. “Certamente vai mudar o perfil. Será uma rede que ultrapassará os 100 km em 2014 e os 200 km no final da década”, afirma o secretário.

As projeções dos órgãos que planejam o transporte público da cidade são de que, antes de 2020, a maior parte das viagens realizadas na cidade será feita por metrô.

Com tecnologia mais barata, aeromóvel ganha força no Brasil



Atualmente, dois projetos estão em andamento em cidades brasileiras, Porto Alegre (RS) e Nova Iguaçu (RJ). Com o primeiro em fase final, e o segundo, no início, as iniciativas são um exemplo de como a tecnologia rompe com a cultura rodoviária do país e surge como uma alternativa para driblar o caos do trânsito nas grandes cidades - seu custo é cerca de R$ 30 milhões por quilômetro construído, enquanto o do metrô pode custar até dez vezes mais, em cidades como São Paulo (SP). "A ideia foi associar o sistema de roda trilho à tecnologia aeronáutica, construindo um veículo extremamente leve e resistente", afirma o fundador da empresa responsável pela tecnologia do veículo, a Aeromóvel Brasil S.A. (ABSA), Oskar Coester.


Desenvolvido em projetos conceituais desde a década de 1970, só agora o aeromóvel se torna popular. "Toda a inovação de ruptura leva tempo para ser assimilada pela sociedade, e o aeromóvel está completando agora esse período, de mais de 30 anos, afirma o diretor de engenharia da ABSA, Diego Abs. Coester completa: "as pessoas demoram a entender que existem projetos novos, outras maneiras de fazer as coisas. Foi assim com a aviação a jato, por exemplo".



Segundo o arquiteto Ado Azevedo, envolvido nos projetos dos aeromóveis da capital gaúcha e de Nova Iguaçu, a demora nacional e mundial para se investir nessa tecnologia se deve a uma tradição de investimento em transportes rodoviários, especialmente no Brasil. "O metrô é a solução para linhas com muita demanda, mas o aeromóvel é mais eficiente e econômico do que as linhas de ônibus. 


Com a conclusão da linha de Porto Alegre, as pessoas vão se dar conta de que ele é uma possibilidade, que o nosso investimento em transporte rodoviário foi um erro histórico. Agora é uma questão de tempo até superarmos o paradigma rodoviário", acredita.


Projeto em Nova Iguaçu será mais extenso



Apesar de utilizarem a mesma tecnologia, as iniciativas desenvolvidas em Nova Iguaçu e Porto Alegre apresentam diferenças estruturais. 


A construção gaúcha já está em sua fase final, e conta com uma linha de 1.100 metros, duas paradas e ligação direta para o Aeroporto Internacional Salgado Filho. 

A de Nova Iguaçu está em fase de licitação e terá duas linhas, com sete e oito quilômetros de extensão inicialmente. 

Projetada dentro do PAC da Mobilidade Urbana, com verbas do governo federal, a primeira linha passará por diversos bairros, com seis estações, a um custo estimado de R$ 250 milhões.


A segunda linha ligará o centro da cidade ao antigo aeroclube - que será reativado - e foi desenvolvida dentro do sistema de concessão à iniciativa privada por um período de 25 anos. 


Com custo estimado de R$ 450 milhões, a linha contará com nove estações ao longo de seus oito quilômetros em sua primeira fase. 

O projeto do aeromóvel de Nova Iguaçu será desenvolvido pelo engenheiro Fernando MacDowell, especialista em transportes. "Diferentemente de Porto Alegre, serão dois sistemas extensos", compara Ado Azevedo.


"O projeto de Porto Alegre conta com dois veículos com capacidade para 300 e 360 pessoas, que não operam ao mesmo tempo, enquanto os de Nova Iguaçu serão maiores, com capacidade para até 600 pessoas.


 Será um sistema de transporte de massa, uma espécie de metrô em via elevada", compara o diretor de engenharia da ABSA. 

As operações em Porto Alegre estão previstas para iniciar em 2013, a um custo estimado de R$ 33 milhões. Ambas construções contarão com tecnologia 100 por cento nacional.


"É uma fonte de energia limpa e de baixo consumo, justamente por ter uma grande eficiência energética. 


Também é uma tecnologia simples, que demanda pouca manutenção, por utilizar peças de prateleira em série, e não específicas. 

Em Jacarta, por exemplo, a manutenção beira o zero", ressalta Abs, mencionando o projeto de aeromóvel da capital indonésia, finalizado em 1989 e que conta com seis estações em 3,2 quilômetros de extensão, com três veículos que levam 300 passageiros cada.


Ado Azevedo também destaca as qualidades do meio de transporte, que tem grandes diferenças em relação ao metrô e ao ônibus. "O metrô tem alta capacidade de transporte de passageiros (cerca de 80 mil por sentido), enquanto o aeromóvel tem uma capacidade intermediária entre o sistema de metrô e o de ônibus, sendo muito mais eficiente que o último, com uma capacidade 25 mil passageiros por sentido. 


Além disso, é mais flexível, resistente, leve e de execução mais simples do que o metrô", ressalta
O aeromóvel rompe com a tradição rodoviária, especialmente no Brasil. Foto: Ado Azevedo e Luis Paulo Molina/Divulgação


Patente brasileira de identificador de chamada é reconhecida

O identificador de chamadas, que permite a quem recebe uma ligação saber, previamente, que o procura, é alvo de uma disputa judicial há 20 anos. Seu inventor, o brasileiro Nélio Nicolai, conseguiu, agora, que a Justiça reconhecesse sua patente.


De acordo com O Estado de S.Paulo, a 2ª Vara Cível de Brasília determinou que a operadora de telefonia celular Vivo pague, em juízo, 25% do valor cobrado pelo serviço de identificação de chamadas, para cada usuário em cada aparelho.
Segundo o jornal, o Bina, como o invento é conhecido, rende um faturamento de 2,56 bilhões de reais por mês para as operadoras no Brasil, que cobram 10 reais de cada assinante pelo serviço.
Outra consequência da decisão envolveu aClaro/Americel. Por uma composição judicial, foi extinto o processo movido pela Lune, a empresa criada por Nicolai.
De acordo com o jornal, o Bina é o segundo invento brasileiro mundialmente adotado, após o avião, desenvolvido por Santos Dumont. Nicolai é autor, ainda, de outros quatro inventos amplamente adotados pelas operadoras em todo o mundo: o Salto, aquele sinal sonoro que avisa que há outra ligação, enquanto você está conversando com alguém; o Bina-Lo, que identifica chamadas perdidas; o telefone fixo celular e o sistema de mensagens financeiras para celulares.

07 setembro 2012

`Infobesidade`: a nova epidemia no mercado de trabalho

http://info.abril.com.br/noticias/carreira/infobesidade-a-nova-epidemia-no-mercado-de-trabalho-02092012-9.shl

Governo mantém prazo de chamada pública para projetos de TI

Os órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) têm até 9 de setembro para participar de chamada pública voltada para sistemas e serviços de governo eletrônico que promovem a interoperabilidade. 


As ações selecionadas na chamada, que está aberta desde o início de junho, irão assinar acordo de cooperação técnica com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Interoperabilidade é a habilidade de diferentes sistemas trocarem informações, seja entre órgãos de governo, empresas, países ou pessoas. Esta ação melhora a prestação de serviços públicos por meios eletrônicos.

De acordo com o diretor do departamento de sistemas de informação, Corinto Meffe, existem inúmeras ações de interoperabilidade nos entes públicos, mas algumas destas precisam de apoio para avançar. “A chamada pública tem a intenção de dedicar recursos para que estes projetos se tornem realidade”, complementa.

A seleção dos projetos priorizará o desenvolvimento de aplicações interoperáveis que facilitem o acesso da sociedade a serviços do governo federal. Os pedidos de inscrição deverão ser apresentados por escrito ou por meio eletrônico através de formulário disponibilizado no Portal de Governo Eletrônico (e-GOV).

e-PING

Os padrões de Interoperabilidade do Governo Eletrônico (e-PING) são uma arquitetura de Tecnologia da Informação (TI) da administração federal. Estes padrões lidam com a definição de especificações técnicas para promover a interação entre as três esferas de governo e a sociedade.

05 setembro 2012

Ciclorrota turística já tem espaço disputado por pedestres e ciclistas




Asfalto com pintura nova para a rota de bicicletas no centro histórico de São Paulo
Asfalto com pintura nova para a rota de bicicletas no centro histórico de São Paulo

Quem circula a pé pelas ruas do centro de São Paulo já começa a se acostumar com a ideia de dividir a calçada com as bicicletas. 

Desde o fim de agosto, a prefeitura começou a pintar com tinta vermelha o traçado da ciclorrota turística, que ligará as principais atrações do centro.

A via, que não será exclusiva para bicicletas, vai passar por pontos de interesse turístico, como o Theatro Municipal e a praça da Sé. 

Com sinalização permanente, pode ser usada a semana toda.

Ela é diferente da ciclovia, que é separada fisicamente do espaço para carros, e da ciclofaixa, em que uma faixa da rua é exclusiva para ciclistas.

Ontem à tarde, antes mesmo de a rota ser inaugurada, ciclistas já arriscavam as primeiras pedaladas e reclamavam dos pedestres na via.

"Será necessário fazer uma grande conscientização da população em relação ao espaço destinado para as bicicletas", diz Arnaldo Ferreira, 41, que utiliza o veículo para fazer entregas pelo centro.

Para Luiz Fernando, 43, a pintura do circuito ficou escura e pouco sinalizada.

Em certos trechos, a rota é ocupada por pedintes e carrinhos de engraxate. 

Na calçada em frente à Faculdade de Direito da USP, ela desaparece e volta alguns metros depois. 

Em vários cruzamentos já existem semáforos específicos para os ciclistas.

"Deveriam ter desenhado [a rota] numa área mais lateral, sem cortar o espaço de quem caminha", opina a estudante Carol Barbosa, 16.

Oficialmente, a rota deverá ser entregue até o fim do mês. 


04 setembro 2012

XVII Congreso Latinoamericano de Transporte Público y Urbano

El Comité Organizador del XVII Congreso Latinoamericano de Transporte Público y Urbano tiene el agrado de convocar a la presentación de resúmenes de ponencias.

El XVII CLATPU se realizará en Guayaquil, Ecuador del 25 al 29 de marzo de 2013 en el Centro de Convenciones de Guayaquil.

http://www.clatpu.org/

Conheça as mais belas estações de trem do Brasil

O transporte ferroviário no Brasil nasceu no século 19 e foi muito usado para mercadorias e passageiros. Com os anos, o sistema perdeu espaço e acabou sendo bem menos utilizado do que antigamente. Mas aquele período histórico do país deixou seus vestígios em antigas estações e passeios turísticos. Confira as mais belas estações ferroviárias, em uso ou desativadas, do Brasil.

Estação da Luz, São Paulo, SP

Inaugurada em 1901, a Estação da Luz foi, por muitos anos, a principal porta de entrada para a cidade de São Paulo. Com arquitetura imponente, ela ainda funciona e teve sua fachada restaurada para o aniversário de 450 anos da cidade.

Estação Central do Brasil, Rio de Janeiro, RJ

Imortalizada e levada aos olhos do mundo pelo filme Central do Brasil, a Estação Central do Brasil encontra-se no centro do Rio de Janeiro e foi inaugurada em 1858. Hoje é ponto de saída de diversas linhas, ligando o centro da cidade a bairros da Zona Norte e Oeste e a outros municípios da Baixada Fluminense.

Estação Ferroviária de São João del-Rei,  São João del-Rei, MG

Inaugurada em 1881  com a presença do Imperador D. Pedro II, a Estação Ferroviária de São João del-Rei marcou a história das estradas de ferro de Minas Gerais. A extinção da linha aconteceu na década de 1960, mas a estação funciona até hoje como ponto de partida para o trajeto turístico de 12 km a bordo da Maria-Fumaça, entre São João del-Rei e Tiradentes. Ela abriga atualmente o Museu Ferroviário, com peças e registros do auge das estradas de ferro do Brasil.

Estação Ferroviária de Matilde, Matilde, ES

Construída em 1910, a Estação Ferroviária de Matilde, no Espírito Santo, fazia parte da Leopoldina Railway, que ligava Cachoeiro de Itapemirim à cidade de Vitória. Após muitos anos de abandono, a estação passou recentemente por uma importante reforma, devolvendo o charme de outrora ao local. Hoje ela abriga um museu com registros da época e passou a ser um ponto turístico da região.

Estação Ferroviária de Coronel Cardoso, Valença, RJ

Aberta em 1914, a Estação Ferroviária de Coronel Cardoso era uma das principais do Vale do Café, e fazia parte do Ramal da Jacutinga. Os trens de passageiros circularam pela estação do município fluminense de Valença até o começo da década de 1970. A antiga estação foi transformada, mas funciona ainda hoje.

Estação Anhumas, Campinas, SP

Ponto de partida da Maria-Fumaça que liga Campinas a Jaguariúna, a Estação Anhumas foi construída em 1926. Hoje, ela é mantida pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, como um belo registro da arquitetura do começo do século 20. A estação deixou de ser usada comercialmente em 1977, quando passou a ter apenas sua linha turística.

Estação Ferroviária de Bento Gonçalves, Bento Gonçalves, RS

Inaugurada em 1919, a Estação Ferroviária de Bento Gonçalves serviu para trens de passageiros até 1976. A partir de 1993, a estação passou a funcionar como ponto de saída de um passeio turístico a bordo de uma tradicional Maria-Fumaça. O trajeto, de 23 km em meio às belas paisagens da Serra Gaúcha, conta com apresentações musicais e degustação de vinhos da região.

Estação de Paranapiacaba, Paranapiacaba, SP

Aberta em 1867, a Estação de Paranapiacaba é uma das mais conhecidas e emblemáticas dos tempos de glória do transporte ferroviário no Brasil. A beleza de sua arquitetura e a complexidade de seu sistema de trilhos fizeram dela um importante ponto turístico do interior de São Paulo. A estação é o ponto final do Expresso Turístico, que parte desde a estação da Luz, na capital.

  Foto: Visit Brasil
Apesar de não fazerem parte de um sistema de transporte

http://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/brasil/conheca-as-mais-belas-estacoes-de-trem-do-brasil,d25714957bc79310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html 

Conselho de desestatização aprova modelo de concessão do trem-bala

 Resolução do conselho foi publicada nesta segunda-feira (3).

Primeiro leilão do trem-bala está marcado para 29 de maio de 2013.

Resolução do Conselho Nacional de Desestatização publicada na edição desta segunda-feira (3) do "Diário Oficial da União" aprova o modelo de concessão da operação do trem-bala que vai ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

O governo marcou para 29 de maio de 2013 o primeiro leilão do trem-bala, que contratará a empresa que vai fornecer a tecnologia e operar o veículo. 

Vence quem oferecer o menor valor para a tarifa que será cobrada dos passageiros – o teto, para a viagem entre São Paulo e Rio, é de R$ 199.

O modelo prevê mais um leilão, onde serão contratadas empresas para construir a infraestrutura para a passagem do trem (trilhos, estações, etc). Ainda não há data para que essa licitação seja feita. O investimento previsto no trem-bala é de pelo menos R$ 33 bilhões.
A empresa que vencer o primeiro leilão (operador e tecnologia) será sócia da Empresa de Planejamento e Logística (SPL), estatal criada no mês passado pelo governo, na administração do trem-bala. 

O governo, através da EPL, será sócia minoritária do projeto, com cerca de 10% das ações, mas terá direito a veto em assuntos sensíveis.


Diretor confirma cronograma- tuneladoras


Visitas de inspeções e verificações, por parte da Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra) e do Metrofor na The Robbins, e nos fornecedores, para acompanhamento do processo da fabricação das máquinas que vão fazer a linha de metrô em Fortaleza, os chamados tatuzões, já estão sendo agendadas. A informação é de Rolando Justa, diretor geral da Robbins América do Sul. 
De acordo com o executivo, o desenvolvimento da fabricação está correndo muito bem e nada indica possibilidade de atraso. “Este tipo de equipamento é fabricado sob encomenda e todo o processo de fabricação começa com o projeto detalhado do plano de fabricação que já foi apresentado. 
Vários subconjuntos já foram comprados e em fase de fabricação”, confirma.

As quatro tuneladoras (tatuzões) foram adquiridas por meio de licitação realizada em julho deste ano e custaram ao Governo do Estado pouco mais de R$ 128 milhões. 
O equipamento será utilizado para construção da segunda parte do Metrô de Fortaleza, depois de mais de uma década em andamento para a construção da primeira etapa. 
A expectativa é que ainda este ano as obras sejam concluídas. 
O primeiro trecho já está operando fica entre Maracanaú e Fortaleza. A segunda etapa terá uma linha saindo do Centro da cidade.

Após entregar as tuneladoras, a Robbins terá dois meses para montar os equipamentos nas duas frentes de serviços que serão iniciadas. A expectativa é que as primeiras duas tuneladoras cheguem em maio de 2013.
Segundo Rolando Justa, diretor geral da The Robbins Company, empresa que está fabricando as tuneladoras responsáveis por abrir os túneis do Metrofor, os prazos acordados com o governo serão atendido

México
As máquinas que estão sendo adquiridas pelo governo do Ceará são consideradas as mais modernas no mercado atualmente. 


As tuneladoras funcionam no subterrâneo e o resultado é um menor impacto no dia a dia dos fortalezenses por conta das obras, que devem ser mais rápidas. Justa cita como exemplo a construção de um túnel na Cidade do México. 


Por lá, foi construído um túnel com várias estações intermediárias, que acrescenta mais tempo ao trabalho, mas ainda assim o avanço chegou a 135 metros por semana, com uma média de 400 metros por mês. 

O executivo conta que, além dele próprio, o engenheiro Pablo Salazar, que esteve desenvolvendo o projeto na Cidade do México, também está envolvido na fabricação do equipamento da Linha Leste para Fortaleza.
 Quanto
ENTENDA A NOTÍCIA
A Linha Leste do Metrofor terá 12,4 km de extensão. Serão R$ 3,3 bilhões de investimentos previstos, sendo R$ 1 bilhão do Tesouro da União, R$ 1 bilhão de empréstimos federais e o restante de contrapartida do próprio Governo do Estado.
Saiba mais
O projeto prevê a construção de onze estações: Estação da Sé, Luiza Távora, Colégio Militar, Nunes Valente, Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2.000, Bárbara de Alencar, CEC e Edson Queiroz. 
Deve haver a integração com as linhas Oeste e Sul na Estação Central Chico da Silva.
A linha será operada com trens elétricos que transportarão cerca de 400 mil pessoas diariamente. 
O projeto integrará ainda as Linhas Sul - parte já inaugurada pelo Estado, Oeste, que foi remodelada, e ao ramal Parangaba-Mucuripe, também em obras. Além dos terminais de ônibus.
 
A expectativa é que as primeiras duas tuneladoras cheguem em maio de 2013


Metrô: plataformas terão vão reduzido


Governo espera que acidentes nas estações sofram redução após a medida. Equipamentos serão instalados ainda este ano .


O Metrô vai instalar nos próximos meses dispositivos para reduzir o vão entre as plataformas e os trens nas estações das linhas Azul, Verde e Vermelha. O objetivo da medida é evitar acidentes. 

Uma licitação para a compra dos equipamentos foi aberta pela companhia. O dispositivo, chamado “elastômetro”, tem formato de pente e evita que os usuários coloquem o pé no vão entre o trem e a plataforma. Os equipamentos devem ser instalados ainda em 2012.

Segurança

O Metrô concluiu no final de semana mais uma etapa de testes do sistema CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) na Linha 2- Verde (Vila Prudente-Vila Madalena). No último domingo as estações Vila Prudente, Tamanduateí e Sacomã ficaram fechadas ao público de 4h40 ao meio-dia.

Leia outras notícias na edição do Metro-SP

Confira as edições do Metro em todo o país

O CBTC é considerado o sistema de controle de trens mais moderno do mundo e está em operação em linhas de metrôs nas cidades de Nova York, Londres e Paris, entre outras. Quando esse sistema estiver funcionando plenamente, o intervalo entre um trem e outro será reduzido e a capacidade de transporte ampliada em cerca de 20%.


Linha 4 do metrô: vídeo mostra como será a estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema


A RioBarra (concessionária responsável pela construção da linha 4 do metrô) divulgou o projeto de como será a estação Nossa Senhora da Paz, no bairro de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro.
De acordo com a empresa, a inauguração está prevista para ocorrer em janeiro de 2016 e, segundo a primeira estimativa, deve receber cerca de 47 mil pessoas por dia. Além desta estação, outras seis também serão construídas.
A nova linha vai ligar a estação General Osório, em Ipanema, ao Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, e terá cerca de 15 km de extensão. As obras da linha 4 do metrô foram iniciadas em junho de 2010 pela Barra da Tijuca e serão concluídas em dezembro de 2015, quando as seis estações (Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico) serão inauguradas.
As obras entre Ipanema e Gávea vão utilizar o TBM (Tatuzão), equipamento que vai perfurar os túneis subterrâneos do metrô de Ipanema à Gávea, sem explosões e sem a necessidade de abrir valas na superfície ao longo das ruas, o que vai minimizar o impacto das obras. Ao mesmo tempo em que escava, o equipamento instala imediatamente os anéis de concreto que formam o túnel. Segundo especialistas, o método é seguro e usado em todo o mundo.

Análise de solo para construção de nova linha de metrô começa em BH


Operários fizeram perfuração para obter amostras do terreno.


Linha 3 deverá ligar a Savassi à Lagoinha.


Começaram, nesta segunda-feira (3), os trabalhos de análise do solo para a implantação da linha três do metrô que vai fazer o trajeto Savassi/Lagoinha. A operação foi realizada entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Espírito Santo, na Região Centro-Sul da capital, onde os operários fizeram uma perfuração para obter amostras do terreno e levantar informações que vão orientar o projeto de engenharia.
Por meio da análise, será possível avaliar a resistência das camadas de solo e o nível subterrâneo da água.De acordo com a Secretaria de Transportes e Obras Públicas, serão feitas cerca de 150 perfurações ao longo do trecho

02 setembro 2012

Cidades de médio porte são as que mais crescem, aponta IBGE


Desde 2010, país ganhou 3,2 milhões de habitantes e 56 municípios deixaram de ser 'pequenos'

População é estimada em 194 milhões; São Paulo, Rio e Salvador continuam as maiores cidades brasileiras


As cidades médias (de 100 mil até 500 mil habitantes) registraram as maiores taxas de crescimento populacional anual de 2000 a 2012, segundo pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostra que o Brasil ganhou 3.191.087 habitantes em relação a 2010 e passou a ter uma população estimada em 193.946.886 pessoas em 1º de julho, data de referência da pesquisa.

O fenômeno do maior crescimento populacional nas cidades de médio porte está relacionado, principalmente, ao aumento da migração entre moradores de pequenas cidades (de até 100 mil habitantes) em busca de melhores condições de vida, o que inclui emprego e estudo.

"O dinamismo populacional do Brasil continua seguindo novas rotas, particularmente rumo ao interior", afirma a pesquisadora do instituto Leila Ervatti.

De acordo com o IBGE, 56 municípios entraram para o grupo de faixa populacional caracterizado como cidade média no período. 

A maior parte (34) tem população de 100 mil a 200 mil habitantes.

Segundo Herton Ellery Araújo, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o fenômeno é melhor notado nas chamadas mesorregiões -formadas por um grupo de cidades que funcionam como um polo para a população do entorno.

Um exemplo é Altamira (PA). A instalação da hidrelétrica de Belo Monte tem atraído moradores de municípios ao redor e de outros Estados.


MAIORES CIDADES

Não houve mudança na lista dos 15 municípios mais populosos em relação a 2010. As maiores cidades ainda são São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Fortaleza.
Borá (SP) e Serra da Saudade (MG), com 807 habitantes cada uma, são as cidades menos habitadas do país. 

A mina de cabelo azul


A mina de cabelo azul estava parada, celular na mão, fone no ouvido e sorriso nos lábios, em meio ao vaivém da estação Faria Lima, linha 4-amarela, metrô.

Eu vinha do modernoso e confuso formigueiro da estação Paulista, com aquelas escadas que caem no meio da plataforma e os caminhos que se entrecruzam e esbarram na falta de planejamento. 

A mina de cabelo azul pareceu-me uma representante classe A das moças da nova classe C. Style. Maquiada kabuki-máscara, jaqueta e All Star. Não resisti. "Posso tirar uma foto sua?", arrisquei, já encaixando o não. "Pode". Oba, clique, legal, prazer, obrigado. "Nada, desculpe, já estava ficando envergonhada".

Marcos Augusto Gonçalves/Folhapress
Menina de cabelo azul na estação Faria Lima do metrô de São Paulo
Mina de cabelo azul na estação Faria Lima do metrô de São Paulo
A mina do cabelo azul e eu somos personagens de uma cena que se amplia e renova no congestionado mundo do transporte público paulistano. A cidade-automóvel ainda manda, mas sua estupidez está nua. 

Hoje faço tudo para não ter de circular de automóvel por São Paulo, prisioneiro daquele anda não anda, olhando de soslaio a moça da antiga classe A, parada ao lado, a retocar o batom na solidão refrigerada de seu Land Rover.

Nos últimos anos alguma coisa realmente melhorou no transporte público de São Paulo, ainda que naquele ritmo irritante que a gente conhece. 

Talvez porque o governador, seu candidato, o prefeito --e a maior parte dos opositores também-- só entre em ônibus e metrô para catar voto em época de eleição.

Se durante um período procurassem fazer seus tradicionais percursos sem helicóptero, motorista ou sedan movido a verba pública, talvez parassem com esse blablablá sobre "mais não sei quantos quilômetros" e "novas diretrizes para modais" e partissem para as soluções.

Eu e a mina de cabelo azul sabemos que os problemas são muitos. Alguns caros e complicados, outros menos difíceis de resolver. A palavra é integração. Ou no jargão tecnocrático: "Sinergia entre os modais".

Modal, ignorantes, é o meio de transporte. Ônibus é um modal, trem é outro e a Soninha Francine, outro. 

Quer dizer, a bicicleta. E sinergia é como interligar para tudo ficar melhor.
Numa cidade como esta, a maioria não vai só de um modal.

 As coisas têm de ser feitas para que a pessoa possa sair de bike de casa, parar na CPTM, pegar o trem, trocar para o metrô, descer numa estação e fazer mais um percurso até o destino final.

Pode até ser de carro, mas se você quiser ir até a estação mais próxima, não vai encontrar estacionamento público. Só aqueles de terreno baldio, com preços tipo R$ 10 a primeira hora e R$ 1 milhão cada minuto excedente --com direito a uma lavadinha.

Para avançar na integração seria bom que existisse uma inteligência metropolitana. O quê?! Inteligência já é difícil, metropolitana parece ainda mais.

É verdade. São Paulo não é uma cidade, é um conglomerado de municípios que configuram esse assustador território urbano pelo qual as massas se locomovem. Só no metrô, eram 2,5 milhões por dia, em média, em 2005. No ano passado, estava perto de 4 milhões, resultado da ascensão social dos anos Lula, do Bilhete Único, da melhoria da qualidade da rede.

Voltando à inteligência metropolitana. É importante criar um órgão ou uma autoridade supramunicipal, que planeje e orquestre as ligações entre os modais na Grande São Paulo.
Sem isso, cada prefeito faz --ou deixa de fazer-- o que quiser e eu e a menina de cabelo azul ficaremos sem a indispensável sinergia dos modais.

01 setembro 2012

Estudo aponta melhores veículos para as grandes cidades

BRT, VLT e monotrilho. Esses são os sistemas de transporte que podem amenizar as dificuldades do trânsito nas grandes cidades. Hoje, os efeitos negativos vão além da qualidade de vida daqueles que, diariamente, perdem horas tentando se locomover entre a casa e o trabalho ou a escola.

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que os problemas de deslocamento dos moradores nas grandes cidades afetam "diretamente" a produtividade do trabalhador e a competitividade do setor produtivo. De acordo com o estudoCidades: Mobilidade, Habitação e Escala, no Brasil, a situação tem piorado, já que, entre 2003 e 2010, o tempo médio gasto pelo brasileiro em deslocamentos urbanos aumentou 20%.

A solução para o problema pode estar nas siglas BRT e VLT e no monotrilho, diz o diretor do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi. 

A primeira delas, Bus Rapid Transit, refere-se a um sistema de ônibus com faixa exclusiva, no qual a tarifa é paga antes do embarque, ainda na estação. 

A segunda sigla - Veículo Leve sobre Trilhos - é usada para uma versão moderna dos antigos bondes. Para situações onde há menos espaços na superfície, a solução pode estar alguns metros acima do solo: o monotrilho, sistema de transporte que, em geral, é feito sobre vigas.

"A escolha do sistema ideal depende de fatores como o tamanho da demanda e as condições da cidade", disse à o diretor do Sinaenco. "O veículo com maior capacidade de transporte é o metrô, que consegue transportar 80 mil passageiros por hora em cada sentido.

 O problema é o alto custo de construção e as dificuldades de implementá-lo em cidades já constituídas", ressaltou Bernasconi. Ele destacou, porém, que, para boa parte das cidades brasileiras, o transporte de superfície mais eficiente é o BRT.

Segundo o diretor Bernasconi, apesar de ter menor capacidade - 30 mil passageiros por hora em cada sentido -, o BRT é um sistema muito eficiente "e com metodologia totalmente brasileira". 

O sistema foi implantado pela primeira vez em Curitiba e, atualmente, é usado em diversos países, tanto na Europa quanto na Ásia e nas Américas.

Já o VLT tem capacidade para transportar 40 mil passageiros por hora em cada sentido. "Do ponto de vista ecológico, este bonde moderno é o melhor sistema de transporte. Além de ser agradável de andar, é bastante silencioso. Isso ajuda a evitar, também, a poluição sonora, muito comum em ambientes urbanos", explicou o especialista.

Para localidades onde não haja espaço na superfície, o mais indicado é o monotrilho. "Quem já foi a Miami ou à Disneylândia conhece bem este sistema. É como se fosse um VLT, só que elevado (por vigas).

É um transporte caro, e há questionamentos quanto aos efeitos que ele causa na paisagem. Mas há também muita gente que o acha bonito". O monotrilho tem capacidade para transportar 50 mil passageiros por hora em cada sentido.

De acordo com Bernasconi, o monotrilho tem também suas vantagens. "Além de poder atingir mais velocidade em áreas complicadas, permite um passeio bonito, com paisagens vistas do alto. Isso ajuda a criar, no cidadão, o hábito de querer usar o transporte público (e deixar o carro na garagem)."

"Ainda que ter carro seja um direito, é por causa deste tipo de veículo que as cidades estão com pessoas cada vez mais aborrecidas por causa de trânsito. 

O problema é que não há, no Brasil, uma cultura de uso do transporte público, a exemplo do que acontece em vários países europeus. Lá, é hábito usar veículos particulares apenas nos finais de semana, geralmente para pegar rodovias. Somado a isso, há o fato de, por aqui, carro estar associado a status'', acrescentou Bernasconi.

Segundo o estudo da CNI, o crescimento demográfico no Brasil foi de 13% entre 2003 e 2010. No mesmo período, o número de veículos em circulação aumentou 66%. 

Conforme o estudo, a consequência é que cada morador das 12 metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Belém, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre e Recife) gasta, em média, 1 hora e 4 minutos para fazer seus deslocamentos diários. Nas cidades médias, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, o tempo gasto com locomoção é de 31 minutos.


O metrô em São Paulo: sai logo ou não sai?

Quem mora na cidade de São Paulo ou foi para lá nos últimos meses percebeu que a capital paulista está um grande canteiro de obras. Muitas são obras privadas, algumas são para enterrar cabos de energia, mas uma parte considerável é por conta das obras de extensão do metrô, que hoje tem 74,3 quilômetros de extensão, mas até 2014 deve ultrapassar os 100 quilômetros.

A pedido de EXAME.com, a Secretaria de Transportes Metropolitanos divulgou os prazos atualizados para as obras que já estão em andamento na cidade e o prazo para início daqueles que ainda estão em projetos.
Má notícia para quem tem pressa: os empreendimentos ainda vão demorar. E, segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo, "atrasos" nessas metas podem ser esperados “por se tratar de complexos empreendimentos, sua execução depende de uma série de etapas burocráticas e articulação com diversas instituições, os quais podem interferir nesses cronogramas”, afirmou a assessoria em nota enviada por e-mail.
Segundo informações da Secretaria, os prazos mais realistas são aqueles mais próximos, como 2014 e 2015, já que "essas obras já superaram uma série de obstáculos, então as estimativas são melhores".

LinhaTrechoExtensão/implantaçãoPrazo
Linha 5 - LilásLargo Treze - Chácara Klabin (trecho completo)11,5km e 11 estações2015
Largo Treze - Adolfo Pinheiro2013
Adolfo Pinheiro - Chácara Klabin2015
Linha 2 - VerdeVila Prudente - Hospital Cidade Tiradentes24,5km e 17 estações2016
Vila Prudente - Oratório2013
Vila Prudente - São Mateus2014
até Hospital Cidade Tiradentes2016
Linha 17 - OuroJabaquara - Congonhas - Morumbi17,7km e 18 estações2016
Estação Morumbi da CPTM - Aeroporto de Congonhas2014
até São Paulo - Morumbi e Jabaquara2016
Linha 4 - AmarelaVila Sônia - Butantã1,5km e 1 estação2014
Linha 6 - LaranjaBrasilândia - São Joaquim13,5km e 15 estaçõesinício das obras: 2013
Linha 15 - BrancaVila Prudente - Dutra13,5km e 12 estaçõesinício das obras: 2012
Linha 18 - BronzeSão Paulo - ABC20km e 18 estaçõesinício das obras: 2013


http://exame.abril.com.br/brasil/transportes/noticias/o-metro-em-sao-paulo-sai-ou-nao-sai

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