Construir pequenos parques entre as travessias cria um espaço mais público e protege as pessoas dos atropelamentos
Em cidades grandes, com muitas vias e muitas pessoas que
fazem seus caminhos a pé, o atropelamento é um risco constante – apenas
na cidade de São Paulo, por exemplo, dois pedestres morrem por dia em
decorrência de acidentes do tipo. Mas uma nova proposta de design de
ruas pode mudar isso e, ao mesmo tempo, reforçar a ideia da rua como
espaço público.
Em San Francisco, nos EUA, um grupo de defensores dos pedestres chamado Walk San Francisco
apresentou um projeto em que as calçadas “entram” um pouco mais nas
vias na zonas de travessia.
Isso deixaria os pedestres, protegidos por
pequenos jardins elevados, em maior evidência para os motoristas.
Segundo o grupo, esse novo desenho criaria uma “zona de freio” para os
automóveis, pois faria com que eles percebessem à distância os pedestres
e reduzissem a velocidade.
O objetivo também é criar uma espécie de espaço público em que
pessoas podem parar para descansar.
O desenho projetado se estende entre
rua e calçada para deixar claro que aquela é uma zona híbrida e de
convivência segura.
É pensado para que as pessoas fiquem paradas ali com
tranquilidade – ao contrário do modelo atual, que obriga os pedestres a
se apressarem para não serem atingidos quando o sinal abrir.
O grupo ainda pretende usar os jardins como hortas comunitárias, o
que poderia incentivar a apropriação da paisagem urbana pela população
local e também criar uma rede verde que ligaria não só algumas ruas às
outras, mas também aos parques próximos.
Por enquanto, a administração de San Francisco se mostrou interessada
na ideia e planeja se encontrar com o grupo.
A intenção é que o projeto
seja testado em uma importante rua que corta o centro da cidade. Se der
certo, pode ganhar o mundo