SÃO PAULO - Estudo do Massachusetts Institute of Technology mo
stra que motoristas que contam com a ajuda de tecnologia para auxiliar manobras no trânsito têm menores índices de estresse.
Em testes conduzidos com 84 voluntários durante noves meses, os pesquisadores descobriram que a tecnologia também ajuda a manter mais baixos os batimentos cardíacos e aumenta, em alguns casos, a prudência dos motoristas
O estudo foi conduzido pelo MIT AgeLab, pela Ford Motor e pelo Centro de Transportes da Universidade New England. Os participantes foram monitorados enquanto conduziam duas manobras geralmente associadas a estresse: fazer baliza e sair de uma garagem ou vaga, voltando ao trânsito.
Os 84 participantes, homens e mulheres de diferentes idades, foram divididos em dois grupos iguais. Um deles utilizou um carro Lincoln MKS equipado com duas ferramentas da Ford: a Active Park Assist, que usa câmeras e sensores para medir o tamanho da vaga e automaticamente gira a direção enquanto o carro da ré; e o sistema de alerta Cross-Traffic, que notifica o motorista que está saindo da vaga sobre a presença de outros carros, disparando um alarme sonoro e de luz. O outro grupo utilizou um veículo sem esses equipamentos.
Os voluntários então tiveram que realizar 12 balizas nas ruas de Massachusetts e sair seis vezes de um estacionamento de volta para a rua. No testes das balizas, os 42 voluntários que utilizaram o carro equipado tiveram batimentos cardíacos mais baixos – uma média de 71 por minuto, comparado a 83 por minuto no grupo que não utilizou as ferramentas. Além disso, os níveis de estresse reportados foram 30% mais altos com quem teve que fazer a baliza manualmente.
Já na saída dos estacionamentos, a diferença dos níveis de estresse e batimentos cardíacos foi menor que 5% entre os dois grupos. No entanto, na média, os motoristas que usaram o sistema de alarme foram mais cautelosos e tinham 33% mais chances de dar a passagem para outros carros.
Segundo os pesquisadores, que tiveram patrocínio do Departamento de Transportes dos Estados Unidos, esses resultados podem servir para ajudar uma população que passa cada vez mais tempo no carro – e, consequentemente, se estressa mais dentro dele. Além disso, muitas pessoas não se sentem á vontade em algumas situações no trânsito. Por exemplo, uma pesquisa conduzida pela Harris Interactive a pedido da Ford mostrou que 31% dos motoristas americanos evitam fazer baliza sempre que possível. Para essas pessoas, as novas tecnologias seriam, literalmente, uma mão na roda.
Melanie Gonick/MIT |
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http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/tecnologia-ao-volante-diminui-estresse-10112010-27.shl