Do Rio para Campinas Desapropriar as casas em todo o traçado do TAV custará R$ 842,5 milhões, de acordo com a ANTT
MARIA TERESA COSTA
Da Agência Anhanguera
As desapropriações e reassentamentos da população em todo o trajeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), entre Campinas e Rio de Janeiro, custará R$ 842,5 milhões, segundo a reavaliação de custos feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O valor corresponde a uma redução de 61% nos valores inicialmente projetados. A desapropriação de terras e de construções para a passagem do trem somente dentro de Campinas vai custar R$ 52,1 milhões. A redução no preço ocorreu principalmente por conta de alterações no traçado original do projeto.
Alterações ocorreram em vários trechos ao longo dos 511 quilômetros de extensão, como a decisão, por exemplo, de o TAV passar em túnel dentro de São Paulo e entre o Aeroporto do Galeão e Barão de Mauá, no Rio de Janeiro.
A reavaliação dos custos vai permitir que os grupos interessados na implantação do trem tenham valores mais atualizados na hora de fazer os cálculos do projeto. Os valores utilizados até agora tinham como referência 2008 e foram atualizados para 2010.
Os estudos do governo sugeriram um traçado referencial, mas os consórcios poderão optar por um novo desenho que deverá, no entanto, observar algumas regras. Por exemplo, em relação a túneis — eles serão obrigatórios no trecho compreendido entre Barão de Mauá até a entrada no Aeroporto do Galeão, no Rio, para evitar interferências com as áreas urbanas.
Também será obrigatória a instalação de túneis no trecho compreendido entre a saída do Aeroporto do Galeão até a Rodovia Washington Luiz, para evitar impactos ambientais, além de interferências aeronáuticas e no trecho com ocupação urbana densa nos municípios de Guarulhos, São Paulo e Caieiras. O consórcio também terá que minimizar as interferências em superfície com áreas urbanas e periurbanas, não causando deslocamento compulsório potencial superior a 5 mil unidades habitacionais.
Os novos valores das terras e construções divulgados pela ANTT serão utilizados para comparação com o valor que resultará do traçado proposto pelo futuro concessionário. A reavaliação levou em conta o valor de mercado das terras afetadas, incluindo benfeitorias agregadas a terrenos rurais conforme o tipo de uso e infraestruturas típicas de terrenos urbanos, conforme o padrão socioeconômico e o tipo de ocupação.
Consórcios têm 44 dias para proposta
Os consórcios interessados no trem de alta velocidade que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro têm 44 dias para entregar na Bovespa os documentos de pré-qualificação, a proposta econômica, a qualificação e o plano de negócios e a metodologia de execução. A garantia da proposta está fixada em R$ 340 milhões e poderá ser feita em dinheiro, em títulos públicos federais, apólices de seguro ou carta de fiança bancária. No mesmo dia ocorrerá a divulgação das garantias não aceitas no site da ANTT. No dia 30 de novembro será feita a análise dos documentos das proponentes que tiveram as garantias aceitas e no dia 1º de dezembro sai a publicação do julgamento de pré-qualificação. No dia 16 haverá a abertura das propostas econômicas em sessão pública no Bovespa. Vence quem apresentar a menor tarifa, limitada a R$ 0,49 por quilômetro. Havendo empate, ganha a licitação que tiver mais tempo de operação de um completo sistema de TAV. No dia 17 de dezembro ocorrerá a análise dos documentos da proponente classificada em 1º lugar, com a publicação do resultado do julgamento da proposta econômica e documentos no dia 18 de janeiro. A homologação do leilão será em 9 de fevereiro. (AAN)
Da Agência Anhanguera
As desapropriações e reassentamentos da população em todo o trajeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), entre Campinas e Rio de Janeiro, custará R$ 842,5 milhões, segundo a reavaliação de custos feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O valor corresponde a uma redução de 61% nos valores inicialmente projetados. A desapropriação de terras e de construções para a passagem do trem somente dentro de Campinas vai custar R$ 52,1 milhões. A redução no preço ocorreu principalmente por conta de alterações no traçado original do projeto.
Alterações ocorreram em vários trechos ao longo dos 511 quilômetros de extensão, como a decisão, por exemplo, de o TAV passar em túnel dentro de São Paulo e entre o Aeroporto do Galeão e Barão de Mauá, no Rio de Janeiro.
A reavaliação dos custos vai permitir que os grupos interessados na implantação do trem tenham valores mais atualizados na hora de fazer os cálculos do projeto. Os valores utilizados até agora tinham como referência 2008 e foram atualizados para 2010.
Os estudos do governo sugeriram um traçado referencial, mas os consórcios poderão optar por um novo desenho que deverá, no entanto, observar algumas regras. Por exemplo, em relação a túneis — eles serão obrigatórios no trecho compreendido entre Barão de Mauá até a entrada no Aeroporto do Galeão, no Rio, para evitar interferências com as áreas urbanas.
Também será obrigatória a instalação de túneis no trecho compreendido entre a saída do Aeroporto do Galeão até a Rodovia Washington Luiz, para evitar impactos ambientais, além de interferências aeronáuticas e no trecho com ocupação urbana densa nos municípios de Guarulhos, São Paulo e Caieiras. O consórcio também terá que minimizar as interferências em superfície com áreas urbanas e periurbanas, não causando deslocamento compulsório potencial superior a 5 mil unidades habitacionais.
Os novos valores das terras e construções divulgados pela ANTT serão utilizados para comparação com o valor que resultará do traçado proposto pelo futuro concessionário. A reavaliação levou em conta o valor de mercado das terras afetadas, incluindo benfeitorias agregadas a terrenos rurais conforme o tipo de uso e infraestruturas típicas de terrenos urbanos, conforme o padrão socioeconômico e o tipo de ocupação.
Consórcios têm 44 dias para proposta
Os consórcios interessados no trem de alta velocidade que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro têm 44 dias para entregar na Bovespa os documentos de pré-qualificação, a proposta econômica, a qualificação e o plano de negócios e a metodologia de execução. A garantia da proposta está fixada em R$ 340 milhões e poderá ser feita em dinheiro, em títulos públicos federais, apólices de seguro ou carta de fiança bancária. No mesmo dia ocorrerá a divulgação das garantias não aceitas no site da ANTT. No dia 30 de novembro será feita a análise dos documentos das proponentes que tiveram as garantias aceitas e no dia 1º de dezembro sai a publicação do julgamento de pré-qualificação. No dia 16 haverá a abertura das propostas econômicas em sessão pública no Bovespa. Vence quem apresentar a menor tarifa, limitada a R$ 0,49 por quilômetro. Havendo empate, ganha a licitação que tiver mais tempo de operação de um completo sistema de TAV. No dia 17 de dezembro ocorrerá a análise dos documentos da proponente classificada em 1º lugar, com a publicação do resultado do julgamento da proposta econômica e documentos no dia 18 de janeiro. A homologação do leilão será em 9 de fevereiro. (AAN)