O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, demonstrou preocupação ao ser informado de que o Veículo Leve sobre Trilhos – VLT pode não entrar em funcionamento em Maceió.
O principal impasse é o atraso na remoção dos ambulantes que ocupa parte da área onde funcionava a antiga “Feira do Passarinho”, na região da Levada. O projeto total está orçado em R$ 171 milhões, e este trecho receberá R$ 64 milhões. Para buscar resolver o impasse o Ministério Público Estadual realiza um encontro na próxima quarta-feira (18), às 10h, na sede do MPE, com todas as partes envolvidas no problema. O promotor de Justiça Marcos Méro, da Fazenda Pública Municipal, estará participando da reunião.
Uma nota divulgada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a empresa responsável pela obra, Domo Engenharia, tem alegado que não pode dá sequencia aos trabalhos devido a não remoção completa dos feirantes da área por onde passa o trem – que será substituído pelo VLT.
A remoção esta sob a responsabilidade da Prefeitura de Maceió que ainda não concluiu a retirada total dos ambulantes. A proposta contempla o Mercado Público com uma estação ferroviária, sendo integrada ao terminal de transbordo que será construído pelo município. Em frente à nova estação, o projeto também prevê a duplicação da via férrea.
Segundo o procurador-geral de Justiça, desde o dia 30 de dezembro do ano passado, quando foi realizado em Maceió o primeiro teste do VLT, que a população de Maceió, sobretudo a mais necessitada, aguarda a consolidação do projeto que trará benefícios a todos os alagoanos, pela agilidade no transporte público de qualidade. “O contrato do VLT terá impacto positivo no equacionamento do problema da mobilidade social em nossa cidade. É um transporte mais barato e seguro que qualquer outro”, afirmou. “O que não podemos é assistir a paralisação das obras e a seguinte perda destes recursos do Ministério das Cidades”, reforçou. “É inconcebível que o progresso não chegue até Maceió por inércia das autoridades”, disse.