11 janeiro 2011

Copa exige 5,7 bi em TI, diz Brasscom

SÃO PAULO - Durante a cerimônia de transmissão de cargo, realizada na segunda-feira (3/1), o novo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o Programa Nacional da Banda Larga (PNBL) é uma das prioridades de sua gestão.

Ele também destacou que a melhoria das condições de vida da população brasileira promoveu o surgimento de uma nova classe média, que precisa ter acesso garantido à internet banda larga e aos demais serviços de comunicação.

O ministro também destacou as novas demandas em telecomunicações que serão necessárias para o país receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

De acordo com um estudo encomendado pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) e pela TelComp (Associação Brasileiras das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), caso atendidas, as demandas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) necessárias para a realização dos eventos podem trazer oportunidades para o Brasil superar a condição de país emergente e se tornar uma nação desenvolvida em termos de TIC.


O estudo revela que os eventos esportivos demandarão cerca de R$ 57 bilhões em investimentos, dos perto de 10% serão destinados a telecomunicações e TI, tanto diretamente, em sistemas de transmissão de dados e imagens; quanto indiretamente, em tecnologias para operação de sistemas de mobilidade urbana e segurança pública por exemplo.

Estas inovações serão alavancas para promover um grande salto tecnológico no Brasil, necessário para reduzir ainda mais nossa defasagem econômica e social em relação a países mais desenvolvidos.
Somente em conexões de banda larga, previsões de algumas empresas associadas à Brasscom mostram que o Brasil deve atingir 90 milhões de acessos à web até a Copa de 2014, o que gerará um enorme volume de tráfego de dados e voz, exigindo tecnologia de ponta para suportá-lo.

O presidente-executivo da TelComp, João Moura, diz que estas novas tecnologias vão representar uma demanda extraordinária em termos de infraestrutura de redes e serviços de telecomunicações, exigindo investimentos de grande vulto.

“Além disso, as estratégias de investimentos devem levar em conta o uso destes novos recursos antes e depois dos eventos, como forma de garantir a utilidade desse legado em benefício da sociedade. Como bem apontou o Ministro Bernardo há que se atender à crescente demanda da classe média emergente. Isto representa oportunidade de negócios recorrentes para as operadoras, e mais e melhores ofertas para o usuário”, apontou o executivo. 

Segundo Moura, o governo tem um papel importante a desempenhar nesse cenário, a partir de políticas claras e que incentivem o setor. “O mercado espera uma boa dose de pragmatismo na definição de políticas por parte do governo federal. Com certeza, priorizar o incentivo à competição será muito importante para fomento à inovação e atração de novos investimentos”, conclui ele.

http://info.abril.com.br/noticias/ti/copa-exige-5-7-bi-em-ti-diz-brasscom-05012011-27.shl

Arquivo INFOTRANSP