01 dezembro 2010

O TGV é decisivo para o sucesso do evento

A referência à construção da rede ferroviária de alta velocidade, designado como TGV, entre Lisboa e Madrid, com conclusão prevista para 2012, é um dos pontos a favor da candidatura ibérica.
Porém, os sucessivos adiamentos do arranque do projecto e o acordo entre o Governo e o PSD para a viabilização do Orçamento do Estado, que obriga à revalidação dos grandes investimentos públicos, poderão pôr em risco esta ligação.

Na opinião de António Laranjo, administrador da Rave (Rede de Alta Velocidade), a organização do Mundial terá muito a ganhar com o TGV. "Espanha tem hoje e terá em 2018 a maior rede de transporte ferroviário de alta velocidade da Europa, permitindo ligar grande parte das cidades anfitriãs. A Europa considera a alta velocidade como o investimento estratégico dos seus países para os próximos anos.

Ligar Espanha a Portugal através deste meio de transporte é ligar toda a Europa a Portugal e com isso reduzir a situação periférica do País, integrando-o na Rede Transeuropeia de Transportes e potenciando a visita de um maior número de adeptos e turistas que preferem este modo de transporte", explicou António Laranjo, que também a experiência de ter dirigido uma grande competição desportiva, como foi o Euro 2004.

Nesse contexto, acrescenta, "a ligação em 2h45m entre Lisboa e Madrid prevista a tempo do Mundial de 2018 garantirá uma efi- caz alternativa a todos os outros modos de transporte". É por isso que Laranjo não tem dúvidas em classificar o TGV como "um factor determinante na eficácia do plano de mobilidade", além de considerar "decisivo para o sucesso do evento".


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