04 maio 2011

Mulheres embarcam separadas de homens em metrô mexicano

Medida é para preservar integridade física do público feminino.
Mexicanos contam com 201 km de malha metroviária.


Assim como acontece nos ônibus do Metrobus, as mulheres têm embarque separado dos homens no metrô da Cidade do México. Elas ficam de um lado e eles de outro. A medida é para preservar a integridade física do público feminino. Em horários de pico, o portão se fecha a cada cinco minutos. Assim, quem consegue entrar na plataforma também entra nos vagões, que não saem tão lotados do ponto inicial.

O metrô da capital mexicana começou a ser construído na mesma época que o de São Paulo, mas têm três vezes mais trilhos. Lá, são 201 km, 11 linhas e 175 estações por onde passam quase 5 milhões de pessoas por dia. Em São Paulo, são 70,5 km e 64 estações por onde embarcam 3,5 milhões de pessoas por dia.

A estação ‘Índios Verdes’ é a maior e mais movimentada da Cidade do México. Por dia, são 150 mil pessoas. “Eu não consigo imaginar a Cidade do México sem metrô. A população simplesmente não teria como se locomover”, conta o diretor geral de operações do Sistema de Transporte Coletivo, Salomon Simon.

Quem mora na Cidade do México, assim como quem mora em São Paulo, não encontra emprego perto de casa. Existem casos onde o trabalhador precisa atravessar a cidade para trabalhar. A especialista em transporte sustentável Adriana Lobo mora na capital mexicana há 17 anos. Ela critica esse modelo de urbanização.

“Você vai criando uma população que não tem muita perspectiva de se desenvolver perto de casa. Há poucos espaços para as crianças brincarem. Existe pouca construção comunitária.”