Até os Jogos Olímpicos de 2016, o governo do Rio de Janeiro vai investir cerca de R$ 20 bilhões no setor de transporte público especialmente em trens e metrôs, um dos gargalos para a mobilidade no estado, confirmou nesta sexta-feira o secretário estadual da Fazenda, Renato Augusto Villela.
"Os números não são fechados, mas a expectativa de investimento do Estado é em torno de 20 bilhões de reais até 2016 e o setor privado tem respondido de forma promissora", argumentou Villela, que participou nesta sexta do Fórum Econômico Mundial da América Latina e falou a um público de estrangeiros sobre o legado dos futuros mega eventos no Rio de Janeiro.
No evento desta sexta, tratou de admitir que o setor de transporte e a falta de integração entre os modais ainda são um obstáculo para o desenvolvimento do Rio de Janeiro.
"Já no primeiro governo de Sérgio Cabral, conseguimos trazer novos trens da Supervia, e isso melhorou significativamente a qualidade do serviço. O que teria acontecido se, já em 2007, não tivéssemos viabilizado o aporte de novos trens? O próprio metrô se estendeu à área do Centro que já estava congestionada. Estamos gradativamente melhorando. Apesar desta visão pessimista, voltamos a conversar de novo em 2016", argumentou Villela aos jornalistas.
Ao ser questionado sobre as dificuldades que o Rio de Janeiro tem enfrentado após fortes chuvas que paralisaram a cidade nesta semana e se haverá tempo hábil para as mudanças prometidas, Villela foi enfático ao afirmar que "vai dar tempo".
"A chuva vai acontecer sempre, estamos nos preparando de maneira significativa. Desde o ano passado, com a chuva na região de Angra dos Reis, começamos a direcionar recursos em investimento para essa questão e drenar a água. Mas tem também que ter serviços de transporte sobre trilhos em quantidade e qualidade para que as pessoas não saiam de casa em seus automóveis".
Segundo Villela, já se observa uma “melhoria gradativa” nos serviços que pretendem ser um dos legados dos Jogos Olímpicos.
"Estamos vendo. A gente não pode imaginar que coisas dessa magnitude se resolvam do dia para noite. Estão acontecendo melhorias substanciais nessa área", disse.
De 2007, argumentou o secretário da Fazenda, o estado tem "feito a sua parte nos contratos de concessão, o que não acontecia antes", destacou.