03 março 2011

Macau: Governo assinou contrato com a Mitsubishi para fornecimento do sistema de metro ligeiro

Macau, China, 03 mar (Lusa) – O Governo de Macau assinou hoje com a Mitsubishi Heavy Industries o contrato de fornecimento do sistema e material circulante do metro ligeiro por 433 milhões de euros, prevendo-se que as obras arranquem em meados do ano.

A cerimónia de assinatura do contrato, que teve lugar no Centro Cultural de Macau, foi protagonizada pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas de Macau, Lau Si Io, e pelo diretor geral do Departamento dos Sistemas de Transportes e das Tecnologias Avançadas da Mitsubishi, Takeo Yamaguchi.

Na conferência de imprensa que se seguiu, o coordenador do Gabinete para as Infraestruturas de Transportes de Macau, Lei Chan Tong, sublinhou que aquela cerimónia “assinalou o arranque integral dos trabalhos de construção das obras principais do sistema de metro ligeiro e de fabricação do sistema e do comboio”.

Segundo o estipulado no contrato, com um preço de adjudicação de 4,6 mil milhões de patacas (433 milhões de euros), a Mitsubishi Heavy Industries terá 47 meses para fornecer os comboios e sistemas para a primeira fase do metro ligeiro de Macau, devendo contratar uma entidade independente para proceder a uma análise e avaliação do projeto, nomeadamente quanto à segurança.

A empresa japonesa terá de executar a empreitada de conceção e construção tipo “chave na mão” para os trabalhos de melhoramento na ponte de Sai Van, que liga a península de Macau à ilha da Taipa, com vista à instalação do sistema de metro ligeiro, que entrará depois numa fase experimental por dois meses, prevendo-se que esteja operacional em 49 meses ou em cerca de quatro anos.

Para já, a Mitsubishi vai iniciar os projetos prévios sobre o aspeto do comboio e interior das carruagens, para poder apresentar ao público o modelo da carruagem no início de 2012.

O metro ligeiro terá duas carruagens, sem condutor, à semelhança dos que circulam em Singapura, Coreia do Sul e em aeroportos dos Estados Unidos, e tem uma capacidade inicial prevista de 7.800 passageiros por hora e direção, que poderá aumentar até aos 14 mil passageiros.

O Governo prevê lançar a primeira fase das obras em meados deste ano na ilha da Taipa, que terá 11 estações, e depois na península de Macau, que terá 10 estações, tendo em vista a “criação de uma infraestrutura de transporte que contribuirá para o desenvolvimento socioeconómico sustentável de Macau”, defendeu o Gabinete para as Infraestruturas de Transportes da Região Administrativa Especial da China.


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