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Pelo menos 60 projetos para
sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos estão em alguma fase
de execução no país.
Vinte e dois deles devem ser entregues até 2016 e
os demais até 2020, atingindo quatro mil quilômetros de malha viária.
No
total, serão R$ 100 bilhões em investimentos.
As obras envolvem metrôs,
monotrilhos, Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e trens regionais.
Depois de quatro décadas de
abandono do transporte ferroviário, o país retorna aos trilhos,
investindo sobretudo nas malhas urbanas das regiões metropolitanas.
Mas o
crescimento projetado pode ficar aquém da demanda por esse tipo de
transporte.
Em 2011, o número de passageiros subiu 21% ante 2010. De
2011 para 2012, a alta foi de 8% chegando aos atuais 9 milhões de
passageiros/dia.
"A expectativa é que este ano suba
mais 10%, chegando perto de 10 milhões de passageiros.
A rede, no
entanto, só cresceu 3%", diz Joubert Foer, presidente da Associação
Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).
"Há uma demanda de lugares muito acima da oferta. Significa que, quando
todos esses 60 projetos forem concluídos, o crescimento de passageiros
poderá ser maior que a malha.
A necessidade de lugares é muito superior à
que está sendo oferecida", afirma.
Segundo Foer, "é importantíssimo
que os 22 projetos - que têm a ver com a Copa e a Olimpíada - sejam de
fato concluídos até a realização desses eventos, deixando uma herança
benéfica para o país, como aconteceu nas cidades que sediaram os jogos".
Na avaliação da ANPTrilhos, as
grandes metrópoles constroem a rede pública de transporte em malhas
estruturantes que se ordenam sobre redes de trilhos e se integram a
outros modais, mas no Brasil isso não acontece.
"Hoje há umas 60 regiões
metropolitanas no Brasil em que caberiam transportes estruturantes, mas
só temos 15 sistemas montados sobre trilhos", afirma.
Hoje, o país tem
"1.208 quilômetros de malha ferroviária urbana" e transporta 9 milhões
de passageiros dia - muito pouco quando se compara a Paris, Londres ou
Nova York que transportam, cada uma, 4 milhões. Xangai sozinha, atende 7
milhões por dia.
São Paulo e Rio concentram as
principais malhas metroferroviárias do país.
Um total de 7,2 milhões de
passageiros dia - ou mais de 75% do total do país - é transportado pelos
trilhos de São Paulo, somando metrô e trens. "No final de 2014, serão
próximos a 9 milhões. Entre 2018 e 2020, com todos os projetos
concluídos, estaremos transportando entre 11 e 12 milhões", diz Jurandir
Fernandes, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São
Paulo.
A cidade tem hoje 75 quilômetros de
metrô e 55,2 quilômetros em construção. São quatro obras que incluem a
segunda fase da linha 4, o prolongamento da linha 5 e a implantação dos
monotrilhos das linhas 15 e 17. "Esses quatro contratos consumirão R$
18,7 bilhões", diz o secretário.
Além dessas quatro obras, o governo
paulista está com três projetos "na mão e editais na rua", entre eles o
monotrilho da linha 18 e a extensão da linha da Paulista. "Vamos entrar
2014 com sete obras de metrô que somam 99,8 quilômetros e significam
investimento de R$ 38,6 bilhões", diz.
Simultaneamente às obras e editais
do metrô, o governo está modernizando todas as seis linhas da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPPTM), que atendem 22 municípios da
Grande São Paulo, somando investimentos de R$ 4,3 bilhões.
A malha da
CPTM tem hoje 260 quilômetros.
Em outra frente, o governo paulista
já iniciou a construção do primeiro trecho do Veículo Leve sobre
Trilhos (VLT) na Baixada Santista, que terá 17 quilômetros.
Segundo o
secretário Fernandes, trata-se de uma "obra acelerada" que estará em
teste já em julho de 2014. O VLT ligará Santos a São Vicente e custará
R$ 1,2 bilhão.
O metrô do Rio de Janeiro, que
iniciou sua operação comercial em 1979, aumentou seus investimentos a
partir de 2009. "Saímos, há cinco anos, de 450 mil pessoas dia para uma
média de 640 mil passageiros, passando de 700 mil em dias especiais",
diz Flávio Almada, presidente do MetrôRio.
Ao todo, são 36 estações e 49
trens.
O aumento foi possível graças a um crescimento de 65% na oferta
de lugares, com a compra de 19 trens.
Os investimentos se concentram na
expansão da linha 4 que terá seis novas estações, ligando Ipanema ao
Jardim Oceânico, na Barra. Prevista para 2016, a linha terá 15
quilômetros e transportará mais de 300 mil passageiros, ampliando a
oferta.
Outro investimento do MetrôRio é
com a acessibilidade.
A concessionária investiu, desde julho de 2009, R$
21 milhões para implantar um programa de adaptação de suas 35 estações
aos padrões de acessibilidade.
Em Salvador, a primeira parte da
linha 1 do metrô - entre Lapa e Retiro - deve começar a operar no ano
que vem, antes do início da Copa do Mundo.
O cronograma foi anunciado em
maio passado pelos governos municipal e estadual depois de um atraso de
14 anos. A segunda parte da linha 1, até Pirajá, entra em funcionamento
até o final do próximo ano.
Aí começam as obras da linha 2, que liga a
avenida Bonocô a Lauro de Freitas, e que será inaugurada por parte, até
2016.
A obra, que será uma parceria público privada, tem orçamento
estimado em R$ 4 bilhões. Serão 41,2 quilômetros de linha e 22 estações,
que por sua vez estarão integradas a 11 terminais de ônibus.
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26 junho 2013
País tem 60 projetos de transporte sobre trilhos
DAVID