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O trem não chegou à estação e, em muitos casos, nem a estação
existe. Mas metade dos novos empreendimentos imobiliários perto do metrô
de São Paulo marca presença nas cercanias de instalações em obras ou
ainda no papel.
Transtornos de obra e até desapropriação são riscos
Análise: Mercado reage a um cidadão mais integrado à metrópole
Estudo feito pela Lopes, empresa
do setor imobiliário, indica que 63% (ou 203) dos 320 empreendimentos
que a cidade vai ter nos próximos anos estarão a até 1 km do metrô.
Desses, 102 ficam na região de estações que ainda estão em
construção, como a de Moema, no prolongamento da linha amarela, ou que
ainda não saíram do papel, como a de Perdizes, na linha laranja, que
deve começar a ser construída em 2013.
O Secovi (sindicato da habitação) avalia que é positivo para a
cidade incentivar o adensamento de pessoas em áreas onde há ou haverá
oferta de transporte público.
"Empreendimentos perto do metrô são uma tendência positiva. Se há
problema de mobilidade, é preciso procurar alternativas para resolvê-lo.
Uma forma é otimizar o adensamento racional ao longo das linhas que
existem. Isso promove retirada de carros das ruas", disse Claudio
Bernardes, presidente do Secovi.
O urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis (ONG da área de
políticas públicas), alerta, porém, que nem sempre empreendimentos
representarão bom uso da área urbana.
"Às vezes, um lote com duas casas dá lugar a um prédio com
60 apartamentos, mas, no entorno, várias outras casas saem para dar
lugar a comércios e serviços. Isso acaba anulando o resultado positivo."
A comodidade de morar perto do metrô tem custo tanto financeiro como social, já que pode elitizar a região.
"Os imóveis nessas localidades costumam ser de médio e alto padrão e são caros. Comprar terreno nessas regiões envolve alto investimento e os empreendedores vão vender para seguimentos que podem pagar por eles", disse Nakano.
No estudo, não foram levantadas informações a respeito do nível dos imóveis.
Cyro Naufel, diretor de atendimento da Lopes, afirma que o público que tem comprado esses apartamentos é diversificado.
"Morar
perto do metrô é demanda de todas as classes sociais hoje, e o traçado
das linhas tem atendido tanto ao Itaim, para o executivo ir trabalhar,
como o Taboão, onde a pessoa pode morar."
A bancária Adelina Souza comprou apartamento de dois quartos que
será próximo à futura estação da Lapa, na zona oeste. "Trabalho no
centro e enfrento muito trânsito todos os dias. Quando puder ir de
Metrô, vou gastar menos da metade do tempo.
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18 novembro 2012
Até metrô no papel atrai novos empreendimentos em SP
DAVID