16 outubro 2010

R$ 179 mi para a Copa em 2011


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Apesar da indefinição do processo licitatório das obras de reforma do Castelão, o Estado sinalizou a aplicação de recursos próprios da ordem de R$ 179,83 milhões

FOTO: NATINHO RODRIGUES

16/10/2010

O valor destinado à Copa de 2014 representa cerca de 10% do superávit fiscal, que o Estado projeta em 2011
Em meio às discussões sobre quem irá executar as obras de reforma e modernização do Estádio Castelão, para a Copa do Mundo de 2014, o governo do Estado sinaliza com recursos próprios de R$ 179,83 milhões, para serem aplicados em 2011, nos projetos de infraestrutura esportiva à realização do certame.

Esse valor representa cerca de um terço dos R$ 600 milhões previstos para serem investidos na requalificação da arena de esportes pelo Estado, União e iniciativa privada. "Para esse ano (2011), temos no orçamento cerca de R$ 180 milhões do tesouro, afora a participação dos parceiros privados", garantiu o coordenador de Planejamento, Orçamento e Gestão da Seplag, Carlos Eduardo Pires Sobreira, ao apresentar, na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, a previsão orçamentária do Ceará para o ano que vem. Segundo ele, essa é apenas a parcela que será disponibilizada para a arena esportiva, tendo em vista que o projeto completo, que inclui ainda, obras de mobilidade urbana, saúde, segurança e capacitação à Copa está estimado, "atualmente", em cerca de R$ 1,5 bilhão, nos próximos quatro anos.

O valor destinado exclusivamente aos projetos da Copa de 2014 representam cerca de 10% do superávit fiscal de R$ 2,09 bilhões, que o Estado projeta contar no próximo ano, após contabilizar todas as receitas correntes (R$ 14,095 bilhões), menos as despesas correntes (R$ 12 bilhões).

Orçamento geral
Esses valores constam no orçamento geral do Estado, estimado para o ano que vem, em R$ 16,787 bilhões, valor 21,6% superior ao orçamento de R$ 13,8 bilhões deste ano. "O orçamento surge em momento de boa saúde financeira e situação privilegiada em relação aos demais estados, porque passa o Ceará, o que o torna factível", aposta Carlos Sobreira. Segundo ele, a peça orçamentária, que projeta receitas próprias (tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária e de serviços) de R$ 8 bilhões e de transferências constitucionais de R$ 6 bilhões, ou 42,8% do total, foram projetadas em bases, eminentemente, econômica, sem viés político. Conforme explicou, o Estado espera contar ainda, com R$ 2,69 bilhões de receitas de capital, sendo R$ 1,5 bilhão, oriundos de empréstimos, contabilizados até 31 de julho último.

O governo pretende investir no que chama de ações e projetos prioritários R$ 4,135 bilhões, sendo R$ 1,412 bilhão do tesouro e R$ 2,722 bilhões de outras fontes. Com esse dinheiro, o Estado espera concluir o metrô de Fortaleza e o Eixão, ampliar o Porto do Pecém, duplicar rodovias, concluir dois hospitais regionais, em um leque de 15 ações definidas pelo governador reeleito Cid Gomes.

Arquivo INFOTRANSP