01 de outubro de 2010
Situada em Hortolândia, a unidade atenderá contrato com governo paulista, que deve chegar a R$ 1,4 bilhão
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
A canadense Bombardier anunciou ontem a instalação de um centro de tecnologia para a construção de monotrilhos no Brasil. A unidade vai atender, especialmente, o contrato assinado com o governo paulista para a construção de uma nova linha, chamada Expresso Tiradentes, que servirá como extensão da linha 2 do metrô. Para a multinacional, o negócio renderá R$ 1,4 bilhão.
O centro da Bombardier será construído no polo industrial de Hortolândia, no interior de São Paulo, onde a empresa já mantém uma unidade de reforma de trens. A área atual, que no passado era ocupada pela Cobrasma, será duplicada e o número de funcionários triplicado. Até 2011, a empresa contará com 600 funcionários na filial brasileira, afirma o novo presidente da multinacional no Brasil, André Guyvarch.
O volume de investimento no parque industrial não foi informado. Mas deverá ficar abaixo do valor gasto pela empresa na última planta construída na Índia, de 30 milhões. Isso porque a Bombardier já tem uma estrutura instalada em Hortolândia.
Segundo Guyvarch, o Brasil se tornará um importante centro de competência de monotrilhos, que atenderá toda a América Latina. A empresa fará a transferência de tecnologia do modelo de alta capacidade, que será usado no Expresso Tiradentes, para a nova unidade brasileira.
Para isso, um grupo de até 200 funcionários será enviado a Pittsburgh, nos Estados Unidos, para acompanhar a fabricação do primeiro trem (com 7 carros). Depois voltam ao Brasil para construir os outros equipamentos e transferir a experiência aos demais funcionários. No total, a empresa vai fornecer ao governo paulista 54 trens de 378 carros.
Segundo o diretor da Bombardier Transportation, Luis Ramos, o monotrilho de São Paulo será pioneiro no mercado mundial. O trem poderá transportar o mesmo número de passageiros e atingirá a mesma velocidade do metrô de São Paulo. Serão 40 mil pessoas por hora e por direção. O tempo de viagem entre Cidade Tiradentes e Vila Prudente, num trajeto de 24 quilômetros (km), será feito em 50 minutos, afirma Ramos. A diferença entre esse monotrilho e os demais está no sistema de propulsão.
A Bombardier será responsável pelo projeto do monotrilho, fabricação e fornecimento de toda parte mecânica e elétrica do sistema, que deverá estar em operação em 2014. A parte de construção civil ficará por conta de outros dois sócios do consórcio vencedor da licitação do Expresso Tiradentes: a OAS e a Queiroz Galvão.
A expectativa da Bombardier é nacionalizar 70% de todos os componentes usados nos trens. Segundo o presidente da companhia, hoje a fabricação do monotrilho exige cerca de 300 fornecedores diferentes. Pela última sondagem, diz ele, pelo menos, 80 fornecedores já estavam instalados no Brasil. A construção do centro de tecnologia de monotrilho pode ser um grande atrativo de investimentos para novas empresas no País.
A unidade da canadense também poderá ser usada futuramente para a produção de trens de alta velocidade, se a empresa entrar na disputa. Segundo Guyvarch, a empresa está em conversação com alguns possíveis parceiros, mas por enquanto não há nada fechado.
Posição de destaque
ANDRÉ GUYVARCH
PRESIDENTE DA BOMBARDIER TRANSPORTATION BRASIL
"O Brasil se tornará um importante centro de competência de monotrilhos, que atenderá toda a América Latina."
JOSÉ RAMOS
DIRETOR DA BOMBARDIER
"O monotrilho de São Paulo, de alta capacidade, será pioneiro no mundo."
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101001/not_imp618055,0.php
Divulgação
Projeto. Expresso Tiradentes terá 24 quilômetros
O centro da Bombardier será construído no polo industrial de Hortolândia, no interior de São Paulo, onde a empresa já mantém uma unidade de reforma de trens. A área atual, que no passado era ocupada pela Cobrasma, será duplicada e o número de funcionários triplicado. Até 2011, a empresa contará com 600 funcionários na filial brasileira, afirma o novo presidente da multinacional no Brasil, André Guyvarch.
O volume de investimento no parque industrial não foi informado. Mas deverá ficar abaixo do valor gasto pela empresa na última planta construída na Índia, de 30 milhões. Isso porque a Bombardier já tem uma estrutura instalada em Hortolândia.
Segundo Guyvarch, o Brasil se tornará um importante centro de competência de monotrilhos, que atenderá toda a América Latina. A empresa fará a transferência de tecnologia do modelo de alta capacidade, que será usado no Expresso Tiradentes, para a nova unidade brasileira.
Para isso, um grupo de até 200 funcionários será enviado a Pittsburgh, nos Estados Unidos, para acompanhar a fabricação do primeiro trem (com 7 carros). Depois voltam ao Brasil para construir os outros equipamentos e transferir a experiência aos demais funcionários. No total, a empresa vai fornecer ao governo paulista 54 trens de 378 carros.
Segundo o diretor da Bombardier Transportation, Luis Ramos, o monotrilho de São Paulo será pioneiro no mercado mundial. O trem poderá transportar o mesmo número de passageiros e atingirá a mesma velocidade do metrô de São Paulo. Serão 40 mil pessoas por hora e por direção. O tempo de viagem entre Cidade Tiradentes e Vila Prudente, num trajeto de 24 quilômetros (km), será feito em 50 minutos, afirma Ramos. A diferença entre esse monotrilho e os demais está no sistema de propulsão.
A Bombardier será responsável pelo projeto do monotrilho, fabricação e fornecimento de toda parte mecânica e elétrica do sistema, que deverá estar em operação em 2014. A parte de construção civil ficará por conta de outros dois sócios do consórcio vencedor da licitação do Expresso Tiradentes: a OAS e a Queiroz Galvão.
A expectativa da Bombardier é nacionalizar 70% de todos os componentes usados nos trens. Segundo o presidente da companhia, hoje a fabricação do monotrilho exige cerca de 300 fornecedores diferentes. Pela última sondagem, diz ele, pelo menos, 80 fornecedores já estavam instalados no Brasil. A construção do centro de tecnologia de monotrilho pode ser um grande atrativo de investimentos para novas empresas no País.
A unidade da canadense também poderá ser usada futuramente para a produção de trens de alta velocidade, se a empresa entrar na disputa. Segundo Guyvarch, a empresa está em conversação com alguns possíveis parceiros, mas por enquanto não há nada fechado.
Posição de destaque
ANDRÉ GUYVARCH
PRESIDENTE DA BOMBARDIER TRANSPORTATION BRASIL
"O Brasil se tornará um importante centro de competência de monotrilhos, que atenderá toda a América Latina."
JOSÉ RAMOS
DIRETOR DA BOMBARDIER
"O monotrilho de São Paulo, de alta capacidade, será pioneiro no mundo."
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101001/not_imp618055,0.php